24.7.07

A PALAVRA DO SENHOR (OSAKA) 58 E 59

Chudan-kamae é assim... podem tomar notas se quiserem.


Segunda-feira 16 de Julho e quarta-feira 18 de Julho de 2007.

Não é que se esteja a tornar um hábito, juntar assim os post, dois em um, mas alguns problemas internéticos combinaram acumular-se e estragar-me as duas últimas semanas... informaticamente falando.

Só volto à carga com estes dois relatos do sensei Osaka (os últimos antes do Verão) porque me parecem importantes e porque ele se referiu a uma coisa que ultimamente não tem estado muito presente nos nossos keikos do dia-a-dia. Falo, ou antes, falou ele, de ji-geiko.

Ora dizia ele que ao fazer ji-geiko, não deve estar presente na nossa mente, não deve ser uma preocupação, o facto de sermos atingidos durante o mesmo. Ainda segundo as suas palavras, a abordagem de ji-geiko deve ser muito diferente da de shiai. Um dos objectivos de ji-geiko é a experimentação.

O medo de falhar ou de errar não deve ser um factor inibidor da prática do combate livre. Por isso, quando se executa um ataque, ele deve ser "cumprido" plenamente. Sem receio do contra-ataque, ou do valor do adversário, ou do que quer que seja. O empenhamento deve ser total. Afinal de contas, estamos a aprender.

No seguimento desse raciocínio, outra coisa a que o senhor Osaka se referiu, foi o facto de, muitas vezes durante o ji-geiko, termos tendência para recuar.

NÃO SE DEVE RECUAR NUNCA DURANTE JI-GEIKO.

É um mau hábito que prejudica seriamente a evolução do kendoka. Habituar-se a situações de pressão por parte do opositor, e a gestão dessa mesma pressão, faz parte integrante da aprendizagem do kendo.
Suportar o seme do adversário, absorvê-lo (criando um falso suki. p.e.), contorná-lo, impor o nosso seme, criar tame... tudo isso só é possível SE NÃO SE RECUAR perante a ofensiva do oponente.

Afinal de contas é "só" ji-geiko, pessoal.

Bom Verão para todos. Esta coluna estará de volta... bem, quando voltar.

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