31.10.05

JÁ AÍ ESTÁ



Está mesmo a chegar. É já no próximo fim-de-semana que Évora vai receber o seu 1º estágio de kendo. Não sei ainda quantas pessoas se inscreveram para estar presentes, mas não deixo de estar muito curioso para ver quantos são os que compreendem realmente a importância de um acontecimento deste género.
Para vos dar uma ideia, este é o tipo de evento que o meu amigo (na foto) Jesus Pajares, 5º dan, que dirige o clube kenwakai de Madrid me está sempre a perguntar quando é que vai acontecer, para poder vir cá treinar, como ele diz, "com o vosso sensei de seis dans". E agora que vai finalmente acontecer, os espanhóis nem foram convidados.
Sempre quero ver quantos são os/as portugueses/as que, em vez de estar sempre a "dar à língua", estão dispostos/as a "dar ao cabedal" para variar. Aceitam-se apostas.
Enfim, já toda a gente viu no site da APK, mas aqui está o calendário das festividades para o fim-de-semana que vem:

Sábado, 5 de Novembro

09h00 - 9h30 : Aquecimento

09h30 - 10h30 : Kendo Kata

10h45 - 12h30 : Kihon

13h00 - 14h30 : Almoço

16h00 - 17h00 : Waza

17h00 - 18h00 : Shiai

18h00 - 19h00 : Ji-geiko

19h30- 21h00 : Jantar


Domingo, 6 de Novembro

09h00 - 9h30 : Aquecimento

09h30 - 12h30 : Torneio por Equipas

13h00 - 14h30 : Almoço


Até parece Kitamoto.

29.10.05

A ESCOLHA 4 (E ÚLTIMO)

Muitos podem argumentar que as últimas linhas do post anterior dão precisamente razão a quem diz que é o kendo que escolhe os seus praticantes. Não está lá tudo(?): o que esperavam e não viram, a paciência que faltou etc, etc?
Continuo a dizer: não. Se a percentagem daqueles que não continuam é tão grande é porque algo falha. E não foram eles. As pessoas foram lá. Venceram os obstáculos que se interpunham entre elas e o kendo. Arranjaram coragem, uma t-shirt velha e umas calças de fato-de-treino e foram lá ver como é que era. Foram ver e, aos seus olhos, surgou uma "coisa" completamente hermética, anacrónica e desprovida de sentido prático.
Claro que estamos naquela altura em que se pode escrever 300 páginas sobre a tradição nas artes marciais, como se dá a passagem de ensinamentos e tudo o que isso acarreta, mas isso já foi feito antes (Le ki et le sens du combat de Kenji Tokitsu, por exemplo) e muito melhor do que alguma vez eu o poderia fazer, mas a conclusão óbvia a que chego é sempre a mesma: muitas vezes não somos capazes de mostrar a quem chega pela primeira vez ao dojo o que é o kendo.
A culpa, meus amigos, não é do kendo. O kendo tem tudo para ser praticado por toda a gente.
A culpa, assim, só pode ser nossa.

A ESCOLHA 3

Eu sabia o que era o kendo quando comecei a praticar. Quer dizer, tinha uma ideia, em termos (muito) gerais do que era a via da espada. Tendo começado a praticar artes marciais aos treze anos (faço parte do tal Grupo 1) também eu acabei por me cruzar com o kendo. E confesso que não estava à espera de encontrar algo de muito diferente do que na verdade encontrei. Em termos técnicos, pelo menos.
Mas o mais interessante de tudo é que também eu passei, à medida que o treino continuou, a encarar de uma maneira diferente o kendo e os seus objectivos.
(Façamos aqui um pequeno parenteses. Os livros, todos os possíveis, foram durante algum tempo o suporte da minha busca. E, já o disse antes, se os livros podem ser um precioso auxiliar também podem ser uma fonte de erros e frustações. Não tenho menor pudor em repetir o que já disse mais do que uma vez: talvez 85% da literatura que existe no nosso meio (das artes marciais) é o mais completo lixo. Uns 14% serão bons/úteis tecnicamente; o restante 1% é excepcional e ajuda (mesmo) a compreender melhor o âmago das artes marciais modernas, que o mesmo é dizer, do budo.)
Mas adiante, hoje porém, estou convencido que os objectivos do kendo são muito mais simples do que alguma vez eu o poderia imaginar.
Para mim, o objectivo do kendo... é o kendo. Só isso.
É como se diz: “the media is the message”. O objectivo do kendo é o keiko. É ele próprio. Por isso, eu sou da opinião que são as pessoas que escolhem ficar no kendo. Que investem no kendo. Porque, é mais do que claro, tem de haver um investimento pessoal. As pessoas que desistiram, na maior parte das vezes, estou convencido que viram apenas o esforço dispendido em tentar acompanhar uma ou duas aulas. Não conseguiram ver o gozo que daí pode advir. Estavam à espera de algo imediato.
Fizeram a escolha certa. O kendo é para eles. Faltou foi paciência.

A ESCOLHA 2

Para todos. Brancos e pretos, novos e velhos, homens e mulheres. Todos.

Entre a percentagem mínima daqueles que depois de um contacto com o kendo decidem continuar a praticar, deve ser ainda muito menor o número dos que podem dizer que o kendo correspondeu às suas expectativas.
Que quer isto dizer? Na minha modesta opinião, a maior parte das pessoas não tem, ou tem uma ideia muito mal concebida, daquilo que os espera quando entram numa aula de kendo pela primeira vez.
Misticismo, esclarecimento espiritual, mero treino físico, tudo serve para explicar os porquês de continuar e de desistir do kendo.
Mas há uma palavra que a meu ver, e disse-o no artigo que escrevi em Janeiro de 2001 para a Revista Demais do Diário Econômico, descreve a diferença essencial entre quem continua e quem desiste da prática do kendo. Essa palavra é paciência. E paciência, porquê?
Paciência, porque os objectivos (ou benefícios?) do kendo não estão imediatamente à nossa frente quando se começa a praticar.
Paciência, porque muitas vezes os objectivos que surgem à nossa frente, depois de termos tido muita paciência a tentar identificá-los, não são o que pareciam.
Paciência, porque até os objectivos que são verdadeiramente importantes numa determinada fase da vida do kendoka, como a competição, por exemplo, mudam e deixam de o ser à medida que a vida, o treino e a idade progridem.

Por essas e por outras se diz que é o kendo que escolhe os seus praticantes. Mas, na minha opinião, o kendo é para todos. Foi concebido para tal. Esses são os princípios do budo (ver artigos 1 e 2 da cartilha da Associação Japonesa de Budo). O kendo pode ser praticado dos 7 aos 77 anos de idade (e mais). Pode-se começar a praticar aos 30 anos (ou mais, como eu). Pode-se começar aos 40 ou aos 50. Dirão, irónicos: “Uma pessoa que comece aos 30 ou 40 vai ter uma grande carreira de competição.” Mas quem disse que o kendo é competição? Quem disse que para se fazer kendo tem de se fazer competição?
Como diz Inoue Yoshihiko, 8º dan Hanshi: “o do é o “coração” do kendo e (...) a competição é mais uma demonstração de jutsu (técnica) do que de do (via, caminho)(...)”
É tudo uma questão de objectivos e de paciência.

28.10.05

INTERVALO (PARA UM "PEQUENO" KAESHI-DO)



Na 4ª estava a falar com o Pedro acerca de kaeshi-do e lembrei-me deste lindíssimo instantâneo que me acompanha em todos os computadores por onde passo (muitas vezes como wallpaper). Espero que gostes.
Isto é que é um kaeshi-do do caraças. Às vezes, se se olhar com atenção, até se ouve o estalar do shinai no... olha, ouviste?

27.10.05

A ESCOLHA 1



Num dos posts do recém-nascido, e já moribundo (?), fórum não oficial da APK alguém pergunta “porquê o kendo?”. Apesar de recorrente, não posso deixar de concordar que a pergunta é sempre pertinente.
Um dos chavões mais repetidos do mundo do kendo é que as pessoas não escolhem o kendo, mas que é o kendo que as escolhe a elas. Ouvi-o cá, tal e qual como o ouvi em muitos outros lugares. Na verdade, parece que sempre que dois kendokas que não se conhecem, permanecem mais de 5 minutos no mesmo local a pergunta surge sempre, inevitável: “Então e tu, porque é que...?”
As respostas variam, mas não muito, apesar do que se possa pensar. Para facilitar o raciocínio vou dividí-las em três grandes grupos:

Grupo 1 - Grande parte dos inquiridos já praticou outra arte marcial antes e o interesse em aprofundar um pouco mais a sua cultura geral sobre a mesma, leva muitas vezes a cruzamentos de informação, onde inevitavelmente o kendo aparece como referência.
Grupo 2 - Outros ficaram curiosos perante o visual estranho e agreste (para não dizer brutal) dos praticantes de kendo. Documentários, simples fotografias ou até mesmo demonstrações são, na maior parte das vezes, responsáveis pela atracção visual (inegável e a um tempo bizarra) que um kendoka completamente equipado exerce sobre os espectadores.
Grupo 3 - Outros ainda, regra geral mais novos, chegaram ao contacto com o kendo de maneiras mais estranhas e bem menos ortodoxas, através de jogos de vídeo, filmes, manga, animé, role-play, etc, etc.

Seja como fôr, o mais interessante porém, e o que ninguém pergunta, é porque é que as pessoas que continuaram a praticar kendo o fizeram. Essa parece-me ser a pergunta crucial, a qual nos leva de novo para o famoso e já referido chavão “Não são as pessoas que escolhem o kendo, é o kendo que escolhe as pessoas.”
E tendo em conta a ínfima percentagem dos que continuam, tudo leva a crer que o mesmo será exacto. Veremos.

26.10.05

O MEN DA VITÓRIA

Para puderem apreciar o maravilhoso katsugi-men que deu a vitória a Suzuki, no ano passado face a Harada, basta ir até: http://www.kendo.or.jp/english-page/phot-jif/All-Japan-Champ2004.wmv

53ºs CAMPEONATOS DO JAPÃO




É já no próximo dia 3 de Novembro que, como todos os anos, tem lugar no Budokan de Tóquio, o campeonato da All Japan Kendo Federation (AJKF). Este ano, a ausência de maior monta parace ser a de Chikamoto, o vencedor de há dois anos atrás. Suzuki, o campeão em título estará presente, assim como o vencedor de há três anos Kaigo Ando e o inevitável e eterno perdedor Harada. Ausentes também estarão os dois Satos, o Mitsunobu e o outro... aquele que foi campeão do mundo em Glasgow... como é que raio o gajo se chama?
Enfim, dia 4 de Novembro corrida aos computadores para saber quem foi o campeão de 2005.

24.10.05

REI-GI (ETIQUETA)

“Diz-se que o kendo começa e acaba com rei-gi (...*). O aspecto físico de rei-gi manifesta-se na saudação (vénia) que executamos à entrada do dojo ou do shiai-jo, começando assim cada treino com uma prova de respeito pelo lugar onde se pratica e pelas pessoas que aí praticam. No fim da prática, é através da repetição do processo que agradecemos a todos aqueles com quem praticámos e nos retiramos do dojo. O processo natural que daí deve resultar é que essas boas maneiras sejam transportadas para o dia-a-dia do praticante.
O rei-gi do kendo é um procedimento correcto (que pode ser adaptado**) como modo de tratamento para com todas as pessoas com que se lida nas actividades diárias. No kendo, uma falha no comportamento é uma falha moral para o carácter e para o treino do kendoka. Em termos práticos o kendo é uma forma de arte (marcial***) cujo propósito é derrotar um adversário num combate mental e físico. Na ausência de regras de etiqueta do princípio ao fim, o kendo transforma-se numa mera briga com o oponente, tendo com o único objectivo vencer a qualquer custo. Kendo com rei-gi, por outro lado, permanece uma arte marcial e o adversário a bater somos nós próprios. Com isso em mente, devemos ser agradecidos ao nosso adversário quando ele nos atinge, pois ao expôr a nossa fraqueza permite-nos melhorar. Porque a prática do kendo é uma permuta de técnicas, o kendoka deve sempre ser educado para com a pessoa que lhe oferece semelhante presente.”

Post-scriptum do tradutor - A etiqueta e comportamento dentro do dojo de kendo (bem como de muitas outras artes, marciais e não só) são fruto de uma evolução que dura há literalmente centenas de anos e cujo principal mentor tem sido uma escola de etiqueta e boas maneiras fundada, se a memória não me falha, aproximadamente no século XIII, na era Muromachi, escola essa apelidada Ogasawara Ryu Reihou. É claro que não vivemos no Japão do século XIII e é também muito claro para todos que não vivemos sequer no Japão; então, não deixará de ser legítimo perguntar até que ponto são estes ensinamentos práticos para o nosso dia-a-dia?

De um modo geral, eu diria que se trata sobretudo de um investimento pessoal. Daí ter acrescentado uma nota numa das traduções onde digo que esse tipo de comportamento pode ser adaptado e onde a palavra “adaptado” deve ser entendida como sinónimo de moldado, actualizado, reciclado de acordo com o bom-senso do utilizador e do meio onde o mesmo está inserido.
De um modo muito interessante, Keishousai Ogasawara, a actual presidente da Ogasawara Ryu Reihou responde:
"A forma (da etiqueta) pode variar com o tempo e com o estilo de vida, mas o fundamental é que o coração não mude seja qual for a situação."


* texto editado pelo tradutor
** nota do tradutor
*** idem

19.10.05

AH, O CHÃO, O CHÃO.



Ahahaha ahaha.
Eh pá, desculpem lá, mas não resisti; ainda hoje, acho que era o Jorge, me perguntava como era o chão de Kitamoto. Pois malta aqui está ele. O verdadeiro (juro, juro) chão do dojo da Gedatsukai de Kitamoto. Depois do céu de Kitamoto, aqui está ele, meus amigos: o CHÃO. Pá... eu ahahaha... já passou... ui ui ah ahah ahaha.

13.10.05

ESTÁGIO EM ÉVORA

Ora aqui está uma belíssima ideia. Uma guloseima irrecusável. Um fim-de-semana fora de Lisboa (ou Porto ou Coimbra) dedicado àquilo que mais gostamos: kendo. Um fim-de-semana inteirinho feito à base de kata, shiai, ji-geiko, waza e tudo o mais.
Confesso que quando olhei para o programa senti um arrepiozinho na espinha. Parecia mesmo o programa diário de Kitamoto.
Para saber tudo basta ir até ao site da APK e clicar em “Novidades”.
Eu tou lá.

10.10.05

KENDO NÃO É FUTEBOL

Confesso que até tremo de cada vez que penso como vai ser o próximo torneio de kendo em Coimbra.
Não, não me preocupa a posição do ranking em que vou ficar, se me vou classificar directamente para a selecção (muito pouco provável, aliás) ou se me vou sequer classificar ou qualquer outro problema existencial do género.
Não é isso. Só me pergunto se as pessoas terão feito uma avaliação correcta das afirmações de Osaka sensei no encerramento do Torneio na Arrentela ou se será só uma paranóia minha. Eu explico:
No final do torneio o senhor Osaka verbalizou o seu contentamento em relação à melhoria da qualidade técnica dos participantes do evento. É verdade. Então, se ele o diz, deve ser mesmo verdade. Mas o que o senhor Osaka não diz, e nunca o dirá com certeza, é que ser árbitro, para além de uma enorme dor nas costas ao fim do dia, também proporciona a oportunidade de ver tudo o que se passa no shiaijo com uns olhos muito mais atentos. E se por um lado uma maior competitividade traz consigo uma melhoria evidente das qualidades técnicas dos participantes, por outro lado, infelizmente, também trouxe uma avidez de vitória a todo o custo que não honra em nada esta actividade que supostamente, todos adoramos praticar.
Vi (Vimos todos? Ou será que sonhei?) algumas coisas que me deixaram muito triste. Vi alguns gestos de mau perder, vi autênticas agressões (e tentativas de agressão) dentro do shiaijo, vi pessoas que nunca deviam estar numa competição, porque claramente não estavam física e/ou intelectualmente preparadas para tal. Isto tudo acontece em nome de quê? Oh malta, desenganem-se, não vale a pena. Não vão fazer anúncios para o BES ou ter contratos milionários com a Nike, só porque participam e eventualmente ganham um torneio de kendo. Isto não é futebol. Nós temos obrigação de ser melhores do que esses péssimos exemplos de anti-desportivismo com que nos deparamos todos os dias.

O mais importante não é ganhar ou perder.” Disse-me um senhor japonês este Verão em Kitamoto, durante as aulas de arbitragem. E continuou: “O mais importante é saber ganhar e saber perder.”
Faço minhas as suas palavras, Shimojima sensei.

9.10.05

BUDO KENSHO


A Cartilha do Budo

O budo, as artes marciais japonesas, tem as suas origens no antigo espírito marcial do Japão. Durante séculos de mudança histórica e social estas formas de cultura tradicional evoluiram passando de técnicas de combate (jutsu) a métodos de auto-aperfeiçoamento (do).

Buscando a perfeita unidade entre a mente e a técnica, o budo tem sido refinado e cultivado métodos de treino físico e desenvolvimento espiritual. O estudo do budo encoraja o comportamento cortês, desenvolve as capacidades técnicas, fortalece o corpo e aperfeiçoa a mente.

Os japoneses modernos herdaram os valores tradicionais através do budo, o qual continua a desenpenhar um papel importante na formação da identidade japonesa, servindo de fonte de inesgotável energia e rejuvenescimento. Por isso, o budo atraiu um forte interesse internacional e é hoje estudado por todo o mundo.

No entanto, a forte tendência actual para uma valorização excessiva da habilidade técnica, aliada a um desejo desmesurado de ganhar, constitui uma séria ameaça à essência do budo. Para prevenir possíveis mal-entendidos, os praticantes de budo devem compenetrar-se numa auto-avaliação e esforço contínuos para aperfeiçoar e preservar esta cultura tradicional.

É com esta esperança em mente que nós, os membros da Japanese Budo Association (Associação Japonesa de Budo), criámos esta Cartilha do Budo, de modo a preservar os princípios funtamentais do budo.

ARTIGO 1: OBJECTIVO DO BUDO
Através do treino físico e mental nas artes marciais japonesa, os praticantes do budo buscam o reforço do seu carácter, o melhoramento do seu raciocínio e procuram tornar-se indivíduos disciplinados, capazes de contribuir para sociedade no seu todo.


ARTIGO 2: KEIKO (Treino)
Ao treinar um budo, os praticantes devem sempre agir com respeito e cortesia, aderir aos fundamentos requeridos pela arte e resistir à tentação de perseguir meras habilidades técnicas, mas antes concentrar-se na união perfeita entre a mente, o corpo e a técnica.

ARTIGO 3: SHIAI (Competição)
Quando em competição ou demonstração de técnicas (kata), os praticantes devem exteriorizar o espírito subjacente ao budo. Devem sempre dar o seu melhor, ganhar com modéstia, aceitar a derrota graciosamente e exibir constantemente auto-controle.

ARTIGO 4: DOJO (Local de treino)
O dojo é um local especial onde de se treina a mente eo corpo. No dojo, ops praticantes de budo devem preservar a disciplina e mostrar autêntica cortesia e respeito. O dojo deve ser sossegado, limpo, seguro e de ambiente solene.

ARTIGO 5: ENSINO
Os professores de budo devem encorajar sempre os alunos para se esforçarem no seu aperfeiçoamento e treinarem afincadamente as suas mentes e corpos, continuando a melhorar o seu entendimento dos princípios técnicos do budo. Os professores não devem permitir que seja dado enfâse à vitória ou derrota em competição ou à mera habilidade técnica. Acima de tudo os professores têm a responsabilidade de ser exemplos a seguir.

ARTIGO 6: PROMOÇÃO DO BUDO
Os promotores do budo devem manter uma atitude aberta e uma perspectiva internacional ao preservar os valores tradicionais. Devem esforçar-se para contribuir na pesquisa e no ensino e fazer o seu melhor para desenvolver o budo de todas as maneiras.

ORGANIZAÇÕES MEMBROS DA ASSOCIAÇÃO JAPONESA DE BUDO:


Zen Nihon Judo Renmei (Federação Japonesa de Judo)
Zen Nippon Kendo Renmei (Federação Japonesa de Kendo)

Zen Nihon Kyudo Renmei (Federação Japonesa de Kyudo)
Zen Nihon Karatedo Renmei (Federação Japonesa de Karatedo)
Zen Nihon Naginata Renmei (Federação Japonesa de Naginata)

Zen Nihon Jukendo Renmei (Federação Japonesa de Jukendo)
Aikikai (Fundação Aikikai)

Shorinji Kempo Renmei (Federação de Shorinji Kempo)
Nihon Sumo Renmei (Federação Japonesa de Sumo)
Nippon Budokan (Fundação do Nippon Budokan)



7.10.05

AH, O CÉU, O CÉU.


Sem mais comentários.

2.10.05

RESULTADOS DO TORNEIO DE LISBOA

Agora que a segunda manga do Campeonato Nacional de Kendo já se realizou está na hora de afixar os resultados. Então temos:

COMPETIÇÃO MASCULINA
1º Nuno Ricardo (AKP)
2º Paulo Martins (AKL)
3º Alexandre Figueiredo (AKL)

3º Manuel Rodrigues (AKL)

Fighting Spirit
Luis Sousa (AKL)

COMPETIÇÃO FEMININA
1º Szilvia Bozzai (AKL)
2º Diana Cunha (AKP)
3º Natacha Santos (AKL)

3º Aida Aleixo (AKP)

Fighting Spirit
Heloísa Santos (AKP)

Parabéns para todos os participantes que, como Osaka Sensei mencionou repetidamente, apresentaram um kendo bastante melhor que na última vez.

Os restantes resultados podem ser encontrados no site da APK, em http://www.kendo.pt.