11.2.08

A PALAVRA DO SENHOR (OSAKA) 100

Segunda-feira, 11 de Fevereiro 2008

Eis-nos então chegados à centena.
Quero agradecer aos meus pais... não, não... ao Sérgio, quero agradecer ao Sérgio pela ideia que teve e que deu origem a estas "palavras" e pelo facto de ma ter oferecido.
Graças a esta rubrica tive muitas vezes a oportunidade de pôr os meus pensamentos em dia acerca de uma série enorme de assuntos, mas, mais do que isso, permitiu-me ter uma atenção especial a uma parte das aulas que normalmente apenas encarava (quase) como uma rotina diária e raras vezes como uma fonte de inspiração e introspecção. Vamos a isso, então:

A aula de hoje foi-me muito difícil. Por motivos profissionais que não são pr'a aqui chamados, creio que ainda não tinha treinado este mês. Como se isso não bastasse o meu tornozelo começou a doer-me logo assim que sai do trabalho. No aquecimento ainda consegui gerir mais ou menos a coisa, mas por altura dos ashi-sabaki do costume, já me arrastava qual corcunda de Notre Dame. De cada vez que o pé esquerdo tinha de puxar pelo outro, só me apetecia chamar pela minha mãezinha... e a aula ainda nem tinha começado a sério.

No entanto, fizemos um grande ji-geiko, eu e o meu irmão. Uns cinco minutos ou mais. Por fim, só já me aguentava em pé fazendo jodan-kamae. Ao menos assim o pé esquerdo não tem tanto trabalho; está à frente, basta-me dar umas patadas no chão de vez em quando e está tudo fino.

No fim, o sensei falou acerca de kakari-geiko que, por acaso, foi uma das coisas que fizemos mesmo antes do combate livre. Disse ele então que, nesta altura, é bom que façamos kakari-geiko centrando a nossa atenção mais na certeza e rectidão dos ataques e que utilizemos menos técnicas como harai ou maki ou o que quer que seja, para tirar o shinai do adversário do caminho antes dos ataques.

E assim termina, amiguinhos, a centésima edição da palavra do senhor (Osaka).

Até que.

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