31.10.03

São aquelas pequenas coisas 3

Para concluir a série de raciocínios, que nem me lembro como ou quando começou, ah sim, acerca da "linguagem kendoística" vs as linguagens das outras artes marciais é de notar que a referência anterior ao ki ken tai ichi tem aqui um peso muito importante. Quando se assiste às competições de judo ou de karate torna-se óbvio que o objectivo da eficácia, se sobrepõe claramente aos objectivos técnicos. Que é que eu quero dizer com isto? Um mae-geri, pontapé frontal do karaté, para ter hipóteses de marcar ippon "basta-lhe acertar" no alvo. Os árbitros não estão particularmente interessados em saber se o pé de apoio estava virado para frente ou se a distância estava correcta, se acertou com a "parte boa" do pé... etc, etc. Não, o mae-geri marcou ippon porque o adversário não o bloqueou. Ponto.
Um ippon na competição de kendo é uma coisa bastante mais complicada e muito mais difícil de explicar. Resumindo, digamos que o objectivo não é só acertar no "alvo" que se escolheu, mas, mais que isso, "acertar bem". Pode-se acertar em cheio no adversário vinte vezes de seguida e não marcar ippon uma única vez. Porquê? Porque os árbitros consideraram que as técnicas efectuadas não estavam com ki ken tai ichi, não estavam o espírito (ki), a espada (ken), o corpo (tai) todos em uníssono (ichi). Tarefa difícil de avaliar? Seguramente. Por alguma coisa os árbitros de kendo têm de ser, pelo menos, 6º dan.

It's those small things 3
I don't even remember where I was... ah yes, about the "kendoistic language" vs the languages of other martial arts it's important to note that the reference to ki ken tai ichi it's vital here. When you watch a judo or karate competions it becomes obvious that the objective, the idea of efficiency superimposes clearly the technicall objectives. What's the point? One mae-geri, karate's frontal kick, in order to score ippon, all it needs is to "hit the target". That's it. The referees are not particulary interested to notice if the back foot stayed correctly put on the floor or if the distance was good, or whatever... No, the mae-geri scored ippon because the adversary didn't block it. Period.
A kendo match is much more complicated and harder to explain. To sum things up, let's say that the objective it's more than just "hitting the target", but, more than that, "hitting right". During kendo shiai you can hit your adversary dozens of times and not even score once. Why? Because the match referees did not considered your techniques to have ki ken tai ichi. Your spirit (ki), sword (ken) and body (tai), they were not in one (ichi). Is it hard task to be a kendo referee? Definitely. After all there's a reason for them having to be at least 6th dan to be referees..

Mandamentos 4

Definirás o teu Japão.

Explicação: Quererás treinar no Japão com os maiores mestres de kendo. É normal. Toda a gente quer treinar com eles e tu, se treinas kendo, não deves ser excepção.
Definir o teu Japão não quer dizer que TEM DE SER o Japão, quer dizer que deves ter um objectivo mais além do que o treino do dia-a-dia. Pode ser uma Califórnia, uma França ou até um Badajoz.

Commandments 3
Thou shall define your Japan.

Interpretation: You'll want to train in Japan with the great masters of kendo.That's normal. Everybody wants to and if you do pratice serious kendo you should want too.
Define your Japan doesn't mean it AS TO BE Japan, it means you should have a long term objective to your kendo. It can be California, or France or even just the Spanish border.

30.10.03

São aquelas pequenas coisas 2

Lá vamos nós de novo. Então, como eu dizia, o mais interessante na "linguagem kendoística" (Ouviram? É o Roland Barthes, o semiólogo, a dar voltas na tumba) não é a variedade do discurso em si, mas as pequenas coisas que, todas juntas, acrescentam uma riqueza à linguagem que passa, a maior parte das vezes, completamente despercebida ao espectador menos esclarecido.
Aliás, desde o primeiro momento de contacto com o kendo, é notório por parte do instrutor o ênfase dado aos pormenores. Quando se aprende karate, por exemplo, o ênfase é colocado no aspecto e nos objectivos globais da técnica. Esta existe a um nível macro-técnico, vamos chamar-lhe assim, e a maior parte das vezes assim permanece. No kendo, pelo contrário, o aspecto macro-técnico praticamente só existe no primeiríssimo momento de contacto com a técnica: isto é "DO" e "DO" é um ataque ao tronco. Pronto, o aspecto macro-técnico está concluido; agora vamos ao que interessa, o nível micro-técnico: o pé esquerdo deve chegar assim, o braço esquerdo deve começar aqui, acabar ali... ah, e o espírito... nunca esquecer que ki ken tai ichi: (ki) o espírito, (ken) a espada, (tai) o corpo, (ichi) uno, ao mesmo tempo.

It's those small things 2
So here we go again. As I was saying, the most interesting thing about the "kendoistic language" (hear that? That's Roland Barthes the semiologist rolling in his grave) it's not the variety of the speech in itself, but all the small things that, once put together, add a richness to the language that goes, for most of the times, unnoticed to the less informed spectator.
In fact, from the first moment of contact with kendo it is always flagrant the emphasis instructors give on details. When you learn karate, for instance, emphasis is always on the global aspects and aim of the technique. It exists at a macro-technical level, let's put it this way, and it remains like that most of the time. In kendo, on the opposite, the macro-technical level exists practicly only in the very first moment of contact with the technique, like: this is "DO" and "DO" is a body strike. There, the macro-technical aspect is concluded; now let's get to what matters here, micro-technical aspect: your left hand starts here and ends there, you right foot goes like this, never that far... ah, and there's the spirit... never ever forget ki ken tai ichi: (ki) the spirit, (ken) the sword, (tai) the body, (ichi) united, at the same time.

29.10.03

Continuem a mandar postais.

Pois, as caixinhas de comentários, pode-se dizer que a coisa está adiada "sine diem"(será assim que se escreve?), por isso, se querem dizer qualquer coisa, o endereço continua ser o mesmo pcoelho@esoterica.pt e, lá está, continuem a enviar postais.

Keep those messages coming
Well, the comments boxes are a little bit delayed, so if you wanna say something, anything, just send your messages to pcoelho@esoterica.pt. I'll be glad to answer. There you go, keep it coming.

Eu publiquei, esta m**** é que não funcionou!!

Eu publiquei o filho da p*** do post intitulado "São aquelas pequenas coisas 2", o qual era suposto ser a continuação do anterior, só que, por um motivo qualquer, esse perdeu-se algures no universo internético. Vou refazê-lo um dia destes. Sim, que eu não guardo estas merdas; isto é mesmo à base do que sai no momento. Tavam à espera do quê ? Um método de trabalho? Eu?

I've published it, it's this f***ing thing that didn't work!!
I've published yesterday the son of a b**** suite to the previous post called "It's those small things 2", wich, by some reason, was lost somewhere in the internetic universe.
I'll remake one of this days. Yeah, I don't keep this things; hell no, this is what comes out at the moment, what do you expect? Some kind of a method? Me?

27.10.03

São aquelas pequenas coisas 1

A linguagem do kendo, chamemos-lhe assim, é composta por poucas palavras. Ao comparar as armas disponíveis no "arsenal" de um kendoka e, por exemplo, de um judoka damo-nos conta de como é imensa essa diferença. O judoka tem à sua disposição, entre técnicas e variações, centenas de oportunidades de expressão. E repare-se que não estou a falar de encadeamentos. Estou apenas a referir-me ao número de técnicas individuais. Técnicas de pernas, braços, varrimentos, projecções, imobilizações, estrangulamentos, atemis... nunca mais acaba. O karate é outro caso semelhante: só do karate shito-ryu, lembro-me ter aprendido noutros tempos mais de 50 kata.

It's those small things 1
The language of kendo, let's call it this way, it's one with very few words. When comparing the weapons available in a kendoka's "arsenal" with, for example, the ones of a judoka, it's hard not to notice how big the differences are. The judoka has at his disposal, between the techniques and it's variations, hundreds of opportunities of expression. And I'm only thinking about single, individual, techniques. Arms and legs, sweeps or projections, immobilize or choke techniques... it never ends. With karate it's the same: only from shito-ryu karate, I remember having more than 50 kata to learn.

24.10.03

Festival de Artes Marciais

Como todos os anos, também este ano a Associação Portuguesa de Kendo vai estar presente na grande gala de artes marciais organizada pela Associação de Amizade Portugal-Japão e pela Embaixada do Japão em Lisboa (acho eu).
É já amanhã em Almada no pavilhão municipal. Não faltar, não faltar.

Martial Arts Festival
Like every past year, this year the Portuguese Association of Kendo is going to be present at the Gala of Martial Arts organized by the Association of Friendship Portugal-Japan and the Japanese Ambassy in Portugal (I think).
Tomorrow in Almada's Municipal Gym. Don't miss it, don't you dare.

Rentrée em grande estilo na A.P.K.

Muitos principiantes, muitos kendokas avançados, as coisas têm estado interessantes ali para os lados para os lados da Esc. Sec. Patrício Prazeres. Bons treinos, tá-se bem.

It's a rentrée in style with A.P.K.
A lot of beginners, a lot of advanced kendokas, things are interessting this days around the Patrício Prazeres School Gym. Good keiko, all rigth.

22.10.03

A reconquista de Ceuta

É caso para dizer que a delegação da Associação Portuguesa de Kendo presente no Torneio de Kendo de Ceuta ARRASOU.
Para além do primeiro lugar por equipas (Alex, Nuno, Luis e Rui) os nossos representantes ainda tiveram tempo para ganhar o torneio individual (o Alex) e arrancar um terceiro lugar no dito cujo (o Luis).
Parabéns malta.

Reconquering Ceuta
Well, I guess you might say the delegation of the Portuguese Kendo Association made a BLAST in the Ceuta Kendo Tournament.
Appart from the first place in the team competition (Alex, Nuno, Luis and Rui) our representatives also had the time to win (Alex) and get a third (Luis) in the individual competion.
Congratulations guys.

17.10.03

Bokutô?

Já vos falei do bokutô do Musashi? Ah pois foi, então hoje não vos digo mais nada. Bom fim-de-semana para todos.

Bokutô?
Have I told you about Musashi's bokutô? Ah well, then I guess I don't have anything else to say today. Have a nice weekend everybody.

16.10.03

O bokutô de M. Musashi 1

Num bokutô que Miyamoto Musashi usava por vezes como uma bengala, está escrito o seguinte poema:
Kanryû tsuki wo obite sumerukoto kagamino gotoshi.
Que quer dizer mais ou menos o seguinte:
"Tal como um espelho, a corrente invernosa do rio reflete a lua, contudo, ela é transparente."

M. Musashi's bokutô 1
On a bokutô Miyamoto Musashi used sometimes like a cane it is written the poem that the follows:
Kanryû tsuki wo obite sumerukoto kagamino gotoshi.
And this means something like this:
"Like a mirror, the winter river stream reflects the moonlight, and yet the water is transparent."

15.10.03

Acerca de originais e traduções 3

Por tudo o que foi dito nos dois posts anteriores, creio que nunca é demais recomendar um fantástico livro, originalmente escrito em francês, por esse inigualável teórico japonês das artes marciais, o Mestre Kenji Tokitsu. E o livro é o seguinte:
"Budô. Le ki et le sens du combat." (Editions DesIris, Méolans-Revel, 2000) Acerca deste livro ousaria dizer, e acreditem que não recebo nenhum dinheiro por isso, que é o livro de cabeceira INDISPENSÁVEL para qualquer kendoka que se preze.

About originals and translations 3
Because of everything that's been said in the last two posts I guess it's never too much to recommend an amazing book, originally written in french, by that unequalled japanese theorist of the martial arts Sensei Kenji Tokitsu. And the book is called:
"Budô. Le ki et le sens du combat." (Editions DesIris, Méolans-Revel, 2000). About it I'll dare saying, and believe me, nobody is paying me for this, that it's the ESSENCIAL pillow book for any serious kenshi.

Acerca de originais e traduções 2

É que até hoje a maior parte das leituras que fiz sobre kendo são todas a mesma coisa repetida uma vez e outra e outra... Nunca sentiram isso? Um pouco como se houvesse uma "Doutrina Oficial" à qual todos os autores (ou tradutores) não conseguem escapar e inevitavelmente acabam por seguir. Ora que isso deve ter a ver com a uniformização de estilos, chamemos-lhe assim, a que a esgrima japonesa foi sujeita, disso eu não tenho dúvidas. Foram afinal as divergências sobre os mais variados pontos da teoria e da prática que estiveram na origem das inúmeras sisões que, em pouco mais de 50 anos, retalharam o karaté, só para dar umj exemplo, em centenas de ryus diferentes. Ao mesmo tempo porém, não deixa de ser bastante estranho que uma arte marcial que, só no Japão, tem mais de 3,1 milhões de praticantes adultos (dados de 1996) não tenha entre os seus praticantes alguém capaz de expor 50 páginas de ideias próprias sobre o assunto. Ou então, se calhar prefiro pensar assim, estou muito enganado e esses livros existem mesmo mas as suas ideias e conceitos são tão complicados que os tradutores nem se atrevem a tocar-lhes.

About originals and translations 2
Well, you know, until today most of my readings about kendo are more or less the same thing over and over again... Didn't you ever felt that? It's like there's this "Official Doctrine" to wich all authors (or translators) can´t escape and inevitably finish by following. No doubt that's got to do with the standardization of styles, let's put it this way, that japanese fencing has been through. After all, divergences about theory and pratice were the causes of the countless secessions that, in a few more than 50 years, schred karaté, for instance, in hundreds of different ryus. At the same time it's quite odd that a marcial art with more than 3.1 million adult players, only in Japan (1996 numbers), doesn't have among them one capable of exposing 50 pages of original ideas about the subject.
It's that or, and I'd rather think like this, I'm totaly wrong, and those books really exist, but it's ideas and concepts are so complex translators don't even dare to touch it.

Acerca de originais e traduções 1

A língua japonesa é, de facto, uma barreira muito difícil de contornar. Basta ver a diiferença entre textos traduzidos (muitas vezes BEM traduzidos) e textos escritos originalmente numa língua diferente, ou pelo menos, tendo em vista que serão lidos numa língua diferente. Esta algaraviada toda a propósito de quê? A propósito do livro "Kendo, it's philosophy, history and means to personal growth" do senhor Minoru Kiyota. Um livro de um autor japonês, escrito em inglês, sobre o âmago do kendo. Um livro que ajuda imenso a "arrumar ideias" acerca das atitudes e dos sentimentos que nos ocorrem muitas vezes durante a prática e que tantas vezes se esquivam e escapam a um entendimento mais directo e imediato.

About originals and translations
The japanese language is, truly, a very difficult obstacle to surpasse. Just watch the difference between translated texts (even excellent translations) and texts that were originally written in a different language, or at least, created with the expectation of being translated to a different one. What's this blah-blah all about? About the book "Kendo, it's philosophy, history and means to personal growth" by mister Minoru Kiyota. A book by a japanese author, written in english, about the soul of kendo. An amazing help to "rearranje your toughts" about the attitudes and the feelings that ocurred during keiko and that so many times elude and escape direct and imediate understanding.

13.10.03

Só um detalhe

Acerca da Ogasawara Ryu Reihou do post anterior. Toda a etiqueta, por exemplo, usada na prática do kyudo tem origem nesta escola.
E creio que, se a minha memória não me engana, todo o cerimonial de entrada e saída de uchi-dachi e shi-dachi, para fazer kendo kata também.

Just a detail
About the Ogasawara Ryu Reihou of the last post. All the etiquette and behavior of the kyudo pratice, for instance, has it's origins in this school.
And I suppose, I guess I read it somewhere, all the etiquette used in the dojo by uchi-dachi and shi-dachi before, during and after performing kendo kata, was also created by the Ogasawara Ryu Reihou.

Etiqueta & comportamento (no dojo)

O problema surgiu no fim de uma aula, a propósito de seiza. Como é que se senta correctamente? Deve-se colocar os pés lado a lado e sentar em cima, pode-se colocar um pé sobre o outro enquanto estamos sentados, e se sim qual? O esquerdo sobre o direito ou vice-versa??? E ao ajoelhar? Recua-se o pé direito para ajoelhar o esquerdo ou simplesmente baixa-se o esquerdo directo para o chão? E isto apenas no caso dos homens; então e as mulheres?
Para resolver o "problema" tenho andado a consultar uns textos de e sobre a Ogasawara Ryu Reihou, a escola de etiqueta e boas maneiras que dita as regras que regem a sociedade japonesa desde a era Muromachi. Única conclusão até agora é que a maior parte dos textos e livros de referência da escola Ogasawara enfatizam sempre bastante que:
"A forma (da etiqueta) pode variar com o tempo e com o estilo de vida, mas o fundamental é que o coração não mude seja qual for a situação."

Etiquette & behavior (around the dojo)
The problem started in the end of a pratice session, and its about seiza. How do you seat down for seiza? Do you put your feet side by side and seat on them? Can you get one foot "on top" of the other? If yes, wich one? And how do you kneel down? In karate you get your left knee down first directly from musubi-dachi. Oh, but that's for men, and what about women?
In order to solve this "problem" I've been reading and consulting bibliography about the Ogasawara Ryu Reihou, the school of etiquette and behavior that sets the rules of good manners in Japan since the Muromachi Era. The only conclusion so far is that most of the books of the Ogasawara school always enphasize that:
"Form could change by time and lifestyle but it's fundamental that the heart never change whenever it is".

Dai Nippon Butokuden 2 (e último)

Ele nem me perguntou se eu era principiante ou shodan ou godan ou o diabo a quatro. Nada... "Tu aqui, só ver, (isto aqui é bom demais para treinares)..."

Dai Nippon Butokuden 2 (and last)
He didn't ask me if I was a beginner or even I was shodan or godan or whatever. Nothing.. "You see (This is too good for you to train)..."

9.10.03

5 em 30

Estava a ver as estatísticas dos campeonatos japoneses e reparei que nos últimos 30 campeonatos, desde a última vitória de Chiba sensei em 1973, apenas 5 campeões do Japão não pertencem às forças policiais. Para 2003, já temos um candidato não-polícia para apoiar. Força Sato Mitsunobu. Banzai.

5 in 30
I was just looking at the statistics of the japanese championships and noticed that in the last 30 years, since the last victory of Chiba sensei in 1973, only 5 times were the championships won by non-police force kendoka. For this year the non-cop candidate we proudly support is Sato Mitsunobu. Banzai.

Dai Nippon Butokuden

- Posso treinar? Keiko...
- Não, tu só ver.
- Mas eu queria treinar. Keiko...
- Não, tu só ver.
- Mas eu tenho bogu...
- Tu, só ver.
Foi assim a minha conversa com o encarregado do Butokuden quando tentei treinar em Kyoto no Verão passado. Que desilusão.

Dai Nippon Butokuden
- Can I pratice? Keiko...
- No, you see.
- No, me pratice. Keiko...
- No, you see.
- I have my bogu...
- No, you see.
That was my conversation with the person in charge of Butokuden when I tried to pratice kendo in Kyoto last summer. What a f***ing disapointment.

8.10.03

Associação Portuguesa de Kendo

Só para lembrar que o site da Associação Portuguesa de Kendo fica em: http://www.kendo.pt.

Just to remind the internet adress of the Portuguese Association of Kendo, wich is: http://www.kendo.pt.

Mandamentos 3

Farás kiri-kaeshi todos os dias.

Farás. Porque é bom. Só isso.

Commandments 3
You will do kiri-kaeshi everyday.
You will. Because it's good. That's it.

7.10.03

14th WKC no Hawaii?

Os 13ºs Campeonatos do Mundo de Kendo vão ser, toda a gente sabe, em 2006 em Taiwan. É verdade que os 14ºs vão ser no Hawaii como consta por aí? Alguém sabe? Se sim: pcoelho@esoterica.pt

14th WKC in Hawaii?
The 13th World Kendo Championships will be held in Taiwan in 2006, everybody knows that by now. Is it true what they say that the 14th will be held in Hawaii? Anyone? If you know: pcoelho@esoterica.pt

Mandamentos 2

Louvarás Miyazaki.

Vocês já viram aquele kote na meia-final no 46º Campeonato do Japão quando o Harada (?!?) faz tsuki (katate) e o Miyazaki Masahiro esquiva e no instante que o outro agarra com a mão direita de novo da tsuka come assim um kote do cacete? Man, que show.
Significado mais profundo, sim... heu... admira e aprende com os que são melhores que tu: afinal, há tantos que escolher nem sequer é problema.

Commandments 2
Thou shall praise Miyazaki.
You know that kote in the semi-final of the 46th Japan Championships against Harada (?!?) when he does tsuki (katate) and Miyazaki Masahiro avoids it, and in the precise moment when the other's right hand is grabbiing back the tsuka, Miyazaki delievers one f... hum... bloody amazing kote? Wow, what a show.
Yes, now for a deeper meaning of this commandment, heu... let's see... ok, see and learn with those who are better than you. After all, there are so many that choosing someone to admire it's not even a problem.

Mandamentos 1

Praticarás kendo ao domingo.

Explicação: Se não pode praticar kendo durante os dias da semana e existe a hipótese de praticar ao domingo, então não perca a oportunidade. Na verdade, numa leitura mais profunda, o que este mandamento implicitamente nos diz é que todos os dias são bons para praticar kendo: vai e pratica-o.

Commandments 1
Thou shall pratice on Sunday
Meaning: If you can't pratice kendo during the week days and there's a chance to pratice sunday, go for it, don't miss that chance. In fact, a deeper reading indicates that, what this commandment tells us is :all days are good days to do kendo: go and pratice it.

6.10.03

Lembrança

Era só para lembrar que, enquanto as caixas de comentários não estão instaladas, podem sempre enviar protestos e/ou sugestões e/ou comentários para pcoelho@esoterica.pt.
Obrigado.

Reminder
It's just to remind you that, during this fase without "comment-boxes", you can send your comments, opinions or protests or whatever to pcoelho@esoterica.pt.
Thanks.

3.10.03

Poesia da Imperatriz Shoken

Muragimo no kokoro ni toite hajizaraba
Yono hitogoto wa ikani aritomo.

Se consultares o teu coração
e não sentires vergonha de nada,
então deixa que o povo do mundo
diga o que lhe apetece.


An Empress Shoken's poem:

If you consult your inmost heart
and still need feel no shame,
then let the people of the world
talk as they please.

This moment of poetry was brought to you by me and Tokyo's Meiji Jingu.