15.10.03

Acerca de originais e traduções 2

É que até hoje a maior parte das leituras que fiz sobre kendo são todas a mesma coisa repetida uma vez e outra e outra... Nunca sentiram isso? Um pouco como se houvesse uma "Doutrina Oficial" à qual todos os autores (ou tradutores) não conseguem escapar e inevitavelmente acabam por seguir. Ora que isso deve ter a ver com a uniformização de estilos, chamemos-lhe assim, a que a esgrima japonesa foi sujeita, disso eu não tenho dúvidas. Foram afinal as divergências sobre os mais variados pontos da teoria e da prática que estiveram na origem das inúmeras sisões que, em pouco mais de 50 anos, retalharam o karaté, só para dar umj exemplo, em centenas de ryus diferentes. Ao mesmo tempo porém, não deixa de ser bastante estranho que uma arte marcial que, só no Japão, tem mais de 3,1 milhões de praticantes adultos (dados de 1996) não tenha entre os seus praticantes alguém capaz de expor 50 páginas de ideias próprias sobre o assunto. Ou então, se calhar prefiro pensar assim, estou muito enganado e esses livros existem mesmo mas as suas ideias e conceitos são tão complicados que os tradutores nem se atrevem a tocar-lhes.

About originals and translations 2
Well, you know, until today most of my readings about kendo are more or less the same thing over and over again... Didn't you ever felt that? It's like there's this "Official Doctrine" to wich all authors (or translators) can´t escape and inevitably finish by following. No doubt that's got to do with the standardization of styles, let's put it this way, that japanese fencing has been through. After all, divergences about theory and pratice were the causes of the countless secessions that, in a few more than 50 years, schred karaté, for instance, in hundreds of different ryus. At the same time it's quite odd that a marcial art with more than 3.1 million adult players, only in Japan (1996 numbers), doesn't have among them one capable of exposing 50 pages of original ideas about the subject.
It's that or, and I'd rather think like this, I'm totaly wrong, and those books really exist, but it's ideas and concepts are so complex translators don't even dare to touch it.

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