Pois é, chegou de novo aquela altura do ano em que não apetece fazer um cacete. Não me apetece dizer muito mais. Deve ser do calor. Voltamos a meio de Agosto, Setembro, pr'aí... até lá.
SUMMER VACATIONS
Yes, it's that time of the year again, when you don't feel like doing sh**. And I don't feel like writing much. Must be the heat. We'll be back in mid-August, September, I don't know... until then.
23.7.04
24.6.04
TEMPO DE ESPERA
Enquanto não arranjo tempo para voltar a falar sobre livros, aconselho-vos um texto fantástico sobre o livro mais famoso alguma vez escrito sobre Kyudo (o tiro com arco japonês), livro esse que tem por nome "Zen in the Art of Archery" de Eugen Herrigel. Encontra-se traduzido em português (do Brasil) sob o título "A arte cavalheiresca do arqueiro zen".
É a primeira vez que neste blog se publica acerca de outra coisa que não kendo, mas é por uma boa causa.
Depois de lê-lo talvez percebam o porquê da minha aversão a certo tipo de literatura que por aí anda. O texto em causa chama-se "The mith of zen in the art of archery" foi escrito por Yamada Shõji e traduzido por Earl Hartmann.
Encontra-se em http://www.koryu.com/links/koryu.html
NÃO PERCAM!!!
É a primeira vez que neste blog se publica acerca de outra coisa que não kendo, mas é por uma boa causa.
Depois de lê-lo talvez percebam o porquê da minha aversão a certo tipo de literatura que por aí anda. O texto em causa chama-se "The mith of zen in the art of archery" foi escrito por Yamada Shõji e traduzido por Earl Hartmann.
Encontra-se em http://www.koryu.com/links/koryu.html
NÃO PERCAM!!!
16.6.04
CALMA, CALMA. VOLTAREMOS A FALAR DE LIVROS
Oi, vamos com calma, não saquem já dos shinais. O tema do último post vai ter continuação. Em breve vamos ter a segunda parte com um NÃO SE DEIXEM LEVAR PELA TANGA parte 2. Eu também acho que os livros são importantes. A sério. Juro.
EASY NOW. WE'LL TALK ABOUT BOOKS AGAIN.
Hey people chill, don't run for your shinais yet. The last post's subject is gonna have a follow up. Soon we'll have a DON'T BELIEVE THE HYPE part 2. Hey, I think books are important too. I do. I really do.
EASY NOW. WE'LL TALK ABOUT BOOKS AGAIN.
Hey people chill, don't run for your shinais yet. The last post's subject is gonna have a follow up. Soon we'll have a DON'T BELIEVE THE HYPE part 2. Hey, I think books are important too. I do. I really do.
14.6.04
NÃO SE DEIXEM LEVAR PELA TANGA
Ler é bom. Não há dúvidas, é um facto. No entanto, muitas vezes me pergunto acerca do valor de certos volumes que circulam no nosso meio. E quando digo "nosso meio" refiro-me não só ao meio do kendo em particular, mas também ao das artes marciais em geral. Eu explico: há muitos anos atrás "cruzei-me" com um livro acerca de samurais. UAU. Coisa rara e nunca vista. Foi amor à primeira vista. Ora o dito livro não se encontrava à venda, (pelo menos onde eu vivia, na altura) eu encontrei-o numa biblioteca lá na terrinha. Mas adiante, foi uma revelação. Nesses tempos, e graças à fantástica obra, eu tornei-me num especialista em samurais. Ninguém sabia mais sobre katanas, wakizashis e tantos, harakiris e seppukus, yorois e kamikazes, yabusamés e tudo o mais, do que eu. Bendito livro. Os anos pasaram. Não o voltei a ver. Outros livros no entanto, foram substituindo aquele no meu top-ten de obras relacionadas com as artes marciais. Leituras em revistas como a "Karate" francesa, a "Arts Martiaux" também francesa, e muitas outras, a desaparecida "Bushido", a "Combat Sports", as espanholas "Dojo" e "Budoka" etc, etc, aguçaram, e alimentaram, a minha curiosidade sobre alguns aspectos mais periféricos relacionados com a prática´das artes marciais.
Hoje, com o advento da internet, obter leitura sobre esses assuntos é apenas uma questão de dinheiro. Entra-se pela porta democrática de uma amazon ou de uma barnes & noble e existem milhares de volumes sobre tudo o que se possa imaginar referente a artes marciais.
Do mais sério ao mais palhaço. Do mais honesto ao mais aldrabão. Do ouro puro até à merda pura.
O mais importante, a meu ver, é não acreditar na primeira coisa que se encontra. É muito fácil cair na "armadilha" do esoterismo, dos bushidos da vida, dos gorin no shos, dos budismos zens e dessas coisas assim. Ninguém é um pior kendoka só porque não leu o Hagakure. Eu li, e sei, tenho a certeza, que não fez porra nenhuma pelo meu kendo. Ler o Livro dos 5 Anéis, vai fazer tanto pelo vosso kendo como ler o Senhor dos Anéis, ou seja, nada.
Então se estão a começar a fazer kendo, tenho a certeza que o vosso sensei/sempai tem mais "coisas secretas" para vos ensinar a melhorar o vosso kendo (karate, jiu-jitsu, iai-do, etc) do que qualquer um desses volumes.
P.S.: Ah, o "tal livro" sobre samurais comprei-o outro dia numa feira de usados. Ainda estou a chorar os 10 euros que me custou.
DON'T BELIEVE THE HYPE
Reading is good. It's a fact, there's no doubt about it. However, many times I ask myself concerning the value of certain volumes that circulate among us. And when I say "among us" I'm not only refering among kendo players in particular, but also among martial arts players in general. Let me explain: many years I ago came across a book about samurais. UAU. Rare thing in those days. It was love at first sight. That book, however, was not for sale, (at least not where I used to live, in those days) I found it in a public library back home. Let's move on, it was a revelation. In those days, and thanks to the fantastic folio, I became a specialist in samurais. Nobody knew more about katanas, wakizashis and tantos, harakiris and seppukus, yorois and kamikazes, yabusamés and everything else, than I did. What a book. The years went on. I didn't read it again. Other books substituted that one in my top-ten related with the martial arts.
Readings in magazines, as the french "Karate", the also french "Arts Martiaux", and many others, the late "Bushido" magazine, "Combat Sports", the spanish "Dojo" e "Budoka" etc, etc, had sharpened, and fed, my curiosity on some more peripheral aspects related with martial arts practice.
Today, with the advent of the InterNet, reading about these subjects is only a matter of money. Just enter the "democratic door" of Amazon or barnes & noble and one will find thousand of volumes concerning everything one can imagine about martial arts.
From the most serious to the most clownish. From the most honest to the most bullshit. From pure gold to pure shit.
Most important, in my opinion, is to don't believe the first thing people say. It is very easy to fall in the "traps" of esoterism, of all the bushidos, and gorin no shos, and zen buddhisms and stuff.
Nobody is a worse kendoka only because he/she did not read the Hagakure. I read it, and I know, I'm sure, that it did nothing for my kendo.
It's probably the same, in order to improve your kendo, to read the Book of 5 Rings or the Lord of the Rings. And that's to say, nothing.
So, if you're a beginner, I'm sure that your sensei/sempai as more "secret stuff" to teach you that will improve your kendo (karate, jiu-jitsu, iai-do, etc) than all of those volumes.
P.S.: Ah, the book on samurais, I bought it another day in a used book's fair. I'm still crying the 10 euros it costed me.
Hoje, com o advento da internet, obter leitura sobre esses assuntos é apenas uma questão de dinheiro. Entra-se pela porta democrática de uma amazon ou de uma barnes & noble e existem milhares de volumes sobre tudo o que se possa imaginar referente a artes marciais.
Do mais sério ao mais palhaço. Do mais honesto ao mais aldrabão. Do ouro puro até à merda pura.
O mais importante, a meu ver, é não acreditar na primeira coisa que se encontra. É muito fácil cair na "armadilha" do esoterismo, dos bushidos da vida, dos gorin no shos, dos budismos zens e dessas coisas assim. Ninguém é um pior kendoka só porque não leu o Hagakure. Eu li, e sei, tenho a certeza, que não fez porra nenhuma pelo meu kendo. Ler o Livro dos 5 Anéis, vai fazer tanto pelo vosso kendo como ler o Senhor dos Anéis, ou seja, nada.
Então se estão a começar a fazer kendo, tenho a certeza que o vosso sensei/sempai tem mais "coisas secretas" para vos ensinar a melhorar o vosso kendo (karate, jiu-jitsu, iai-do, etc) do que qualquer um desses volumes.
P.S.: Ah, o "tal livro" sobre samurais comprei-o outro dia numa feira de usados. Ainda estou a chorar os 10 euros que me custou.
DON'T BELIEVE THE HYPE
Reading is good. It's a fact, there's no doubt about it. However, many times I ask myself concerning the value of certain volumes that circulate among us. And when I say "among us" I'm not only refering among kendo players in particular, but also among martial arts players in general. Let me explain: many years I ago came across a book about samurais. UAU. Rare thing in those days. It was love at first sight. That book, however, was not for sale, (at least not where I used to live, in those days) I found it in a public library back home. Let's move on, it was a revelation. In those days, and thanks to the fantastic folio, I became a specialist in samurais. Nobody knew more about katanas, wakizashis and tantos, harakiris and seppukus, yorois and kamikazes, yabusamés and everything else, than I did. What a book. The years went on. I didn't read it again. Other books substituted that one in my top-ten related with the martial arts.
Readings in magazines, as the french "Karate", the also french "Arts Martiaux", and many others, the late "Bushido" magazine, "Combat Sports", the spanish "Dojo" e "Budoka" etc, etc, had sharpened, and fed, my curiosity on some more peripheral aspects related with martial arts practice.
Today, with the advent of the InterNet, reading about these subjects is only a matter of money. Just enter the "democratic door" of Amazon or barnes & noble and one will find thousand of volumes concerning everything one can imagine about martial arts.
From the most serious to the most clownish. From the most honest to the most bullshit. From pure gold to pure shit.
Most important, in my opinion, is to don't believe the first thing people say. It is very easy to fall in the "traps" of esoterism, of all the bushidos, and gorin no shos, and zen buddhisms and stuff.
Nobody is a worse kendoka only because he/she did not read the Hagakure. I read it, and I know, I'm sure, that it did nothing for my kendo.
It's probably the same, in order to improve your kendo, to read the Book of 5 Rings or the Lord of the Rings. And that's to say, nothing.
So, if you're a beginner, I'm sure that your sensei/sempai as more "secret stuff" to teach you that will improve your kendo (karate, jiu-jitsu, iai-do, etc) than all of those volumes.
P.S.: Ah, the book on samurais, I bought it another day in a used book's fair. I'm still crying the 10 euros it costed me.
7.6.04
O "OUTRO" 6º DAN
Teruaki Ishimaru sensei visitou-nos hoje. Que é que se pode dizer acerca disso? Bom, para já, que, mais uma vez, esse evento serviu para comprovar a extrema generosidade desse senhor que nos dá aulas e que se chama Masakiyo Osaka. Sim, que eu quase que aposto que ele estava mortinho por lhe dar umas "shinaizadas", afinal não é todos os dias (!!!) que ele tem alguém (quase) do seu nível para poder treinar um pouco, mas o que é que ele fez? Foi ensinar os mais novos e deixou-nos a nós, aos mais velhinhos, com o visitante, a usufruir de tudo o que ele nos podia ensinar.
Claro que, com o pouco tempo que havia para cada um, a lição acabou por ser um pouco limitada. Mas suponho que em geral, todos apreciaram aqueles minutos em que podemos cruzar os nossos shinais com o ex-treinador da equipa sul-africana de kendo.
Bom, todos menos o meu irmão que nem chegou a tocar na pelota, como dizem nuestros hermanos españoles.
Enfim, consta que lá para Setembro ele voltará cá e nessa altura talvez para ficar durante uns tempos connosco. Vamos esperar para ver. As expectativas são grandes meus amigos. Grandes.
Claro que, com o pouco tempo que havia para cada um, a lição acabou por ser um pouco limitada. Mas suponho que em geral, todos apreciaram aqueles minutos em que podemos cruzar os nossos shinais com o ex-treinador da equipa sul-africana de kendo.
Bom, todos menos o meu irmão que nem chegou a tocar na pelota, como dizem nuestros hermanos españoles.
Enfim, consta que lá para Setembro ele voltará cá e nessa altura talvez para ficar durante uns tempos connosco. Vamos esperar para ver. As expectativas são grandes meus amigos. Grandes.
3.6.04
UM PEQUENO PORMENOR
Quando mandarem e-mail não se esqueçam de especificar qual o assunto. Dêem-lhe um título elucidativo. Mails com assuntos dúbios ou sem assunto definido serão simplesmente apagados antes de ser abertos. Nos tempos que correm é assim mesmo. Obrigado.
A SMALL DETAIL
If you send me an e-mail please don't forget to specify the matter. Give it a precise tittle. Untittled or dubious e-mails will be deleted and not opened. That's the way it is these days. Thanks.
A SMALL DETAIL
If you send me an e-mail please don't forget to specify the matter. Give it a precise tittle. Untittled or dubious e-mails will be deleted and not opened. That's the way it is these days. Thanks.
25.5.04
A MENSAGEM É CLARA.
Devemos praticar as técnicas base do kendo até aos 50 anos. Assim, essas técnicas passam a fazer parte de nós. Muita gente pensa que os fundamentos são apreendidos nas primeiras fases do treino de kendo. Esse é um erro muito comum. Muitos “enterram” os fundamentos no seu subconsciente e nunca mais voltam a pensar neles uma segunda vez. Levei 50 anos para aprender os fundamentos do kendo e para que eles passassem a ser parte do meu corpo e do meu espírito. Não entrei na verdadeira disciplina do kendo senão aos 50 anos. Isso porque estava determinado a praticar kendo usando a minha mente.
Aos 60 anos, as costas e os membros inferiores enfraquecem. A mente pode complementar a fraqueza do corpo. Pratiquei kendo (nessa altura) utilizando a mente para compensar a minha fraqueza física.
Aos 70 anos, todo o corpo enfraquece. Então, eu pratiquei para tornar a minha mente imóvel e imperturbável. Quando a mente permanece imóvel e concentrada, tal como um espelho, ela reflecte a mente do adversário. Tentei sempre manter essa concentração.
Quando cheguei aos 80 anos a minha mente tornou-se imóvel e concentrada. Aspiro a eliminar todos os pensamentos que possam interferir.
Mas admito que ainda me ocorrem distracções ocasionais.
Mochida Moriji 10º dan Hanshi. (1885-1974)
THE MESSAGE IS CLEAR.
You must practice the fundamentals of kendo until you’re fifty. The basics then become part of you. When you think of the basics, they are often assumed to be something that was mastered in the early stages of a kendo career. This is a misconception. Many people bury the fundamentals deep in their minds without giving them a second thought. It took me fifty years to learn the fundamentals, and to make them part of my body and soul. I did not enter the true discipline of kendo until I was fifty. This was because I was determined to practice kendo with my mind
When you’re 60, your back and your legs begin to weaken. The mind will complement the weakness of the body. I practiced kendo by using my mind to compensate for my physical weakness.
When you’re 70, your all body begins to weaken. I practiced to make my mind immovable and not to be disturbed. When the mind is immovable and focused, it will reflect the opponent's mind like a mirror. I’ve tried to retain this focus.
When I reached 80, my mind became focused and immovable, I seek to eliminate interfering thoughts.
I admit that I have occasional distractions.
Mochida Moriji 10th dan Hanshi. (1885-1974)
Aos 60 anos, as costas e os membros inferiores enfraquecem. A mente pode complementar a fraqueza do corpo. Pratiquei kendo (nessa altura) utilizando a mente para compensar a minha fraqueza física.
Aos 70 anos, todo o corpo enfraquece. Então, eu pratiquei para tornar a minha mente imóvel e imperturbável. Quando a mente permanece imóvel e concentrada, tal como um espelho, ela reflecte a mente do adversário. Tentei sempre manter essa concentração.
Quando cheguei aos 80 anos a minha mente tornou-se imóvel e concentrada. Aspiro a eliminar todos os pensamentos que possam interferir.
Mas admito que ainda me ocorrem distracções ocasionais.
Mochida Moriji 10º dan Hanshi. (1885-1974)
THE MESSAGE IS CLEAR.
You must practice the fundamentals of kendo until you’re fifty. The basics then become part of you. When you think of the basics, they are often assumed to be something that was mastered in the early stages of a kendo career. This is a misconception. Many people bury the fundamentals deep in their minds without giving them a second thought. It took me fifty years to learn the fundamentals, and to make them part of my body and soul. I did not enter the true discipline of kendo until I was fifty. This was because I was determined to practice kendo with my mind
When you’re 60, your back and your legs begin to weaken. The mind will complement the weakness of the body. I practiced kendo by using my mind to compensate for my physical weakness.
When you’re 70, your all body begins to weaken. I practiced to make my mind immovable and not to be disturbed. When the mind is immovable and focused, it will reflect the opponent's mind like a mirror. I’ve tried to retain this focus.
When I reached 80, my mind became focused and immovable, I seek to eliminate interfering thoughts.
I admit that I have occasional distractions.
Mochida Moriji 10th dan Hanshi. (1885-1974)
19.5.04
NOVO LIVRO DE KENDO
Pois é, comprei um novo livro de kendo. Ia a passar com sempre faço na zona dos livros de artes marciais na FNAC, e, eis senão quando, vejo uma nova lombada. Sim, porque eu já conheço aquela prateleira de cor e salteado.
Chama-se "Kendo elements, rules, and philosophy" e foi escrito pelo senhor Jinishi Tokeshi, yondan de kendo e sandan de iaido. Um senhor doutor que nasceu e cresceu no Japão mas que vive hoje em dia no Hawaii.
Talvez por isso, este livro é muito parecido com um outro que o senhor Arnold Fukutomi nanadan teve a generosidade de me oferecer e de me enviar pelo correio, e que é o manual de treino do Aiea Taiheiji kendo club, que não por acaso fica no Hawaii na mesma ilha, Oahu, onde Jinishi Tokeshi vive.
Interessante é que é talvez dos primeiros manuais de kendo que encontro onde o nito-ryu não é apenas mencionado, mas onde também algumas técnicas são apresentadas.
Chama-se "Kendo elements, rules, and philosophy" e foi escrito pelo senhor Jinishi Tokeshi, yondan de kendo e sandan de iaido. Um senhor doutor que nasceu e cresceu no Japão mas que vive hoje em dia no Hawaii.
Talvez por isso, este livro é muito parecido com um outro que o senhor Arnold Fukutomi nanadan teve a generosidade de me oferecer e de me enviar pelo correio, e que é o manual de treino do Aiea Taiheiji kendo club, que não por acaso fica no Hawaii na mesma ilha, Oahu, onde Jinishi Tokeshi vive.
Interessante é que é talvez dos primeiros manuais de kendo que encontro onde o nito-ryu não é apenas mencionado, mas onde também algumas técnicas são apresentadas.
16.5.04
WHAT IS KENDO?
Esse é o título do documento que encontram em http://www.kendo.pt/download.htm, a página de downloads do site da Associação Portuguesa de Kendo e que podem descarregar e assistir. Trata-se um dos trabalhos que este vosso criado (salvo seja) concebeu, produziu, realizou, editou e "locutou" aquando da estadia num workshop de 5 semanas em Londres, na New York Film Academy da capital dos cámones.
O ficheiro está disponível em dois tamanhos: 1,2 megas (BUUUU)e 8,5 megas (eh, OK).
Opiniões são bem vindas.
WHAT IS KENDO?
This is the title of a file that you can find in http://www.kendo.pt/download.htm, the download page of the Portuguese Kendo Association. It's one of works that I conceved, produced, directed, edited and "voiceovered" during my 5 weeks stay in London, in a workshop in the New York Film Academy of the limey capital.
The file is available in two sizes: 1.2 MB(BUUUU) and 8,5 MB(eh, ok).
Feedback is wellcome.
O ficheiro está disponível em dois tamanhos: 1,2 megas (BUUUU)e 8,5 megas (eh, OK).
Opiniões são bem vindas.
WHAT IS KENDO?
This is the title of a file that you can find in http://www.kendo.pt/download.htm, the download page of the Portuguese Kendo Association. It's one of works that I conceved, produced, directed, edited and "voiceovered" during my 5 weeks stay in London, in a workshop in the New York Film Academy of the limey capital.
The file is available in two sizes: 1.2 MB(BUUUU) and 8,5 MB(eh, ok).
Feedback is wellcome.
11.5.04
MUSASHI, QUAL MUSASHI? (2)
Já aqui referimos no 1º post dedicado a este tema algumas das "inverdades" que têm sido tidas como factos e repetidas ao longo dos tempos acerca de Miyamoto Musashi (M.M.). Hoje, para concluir, vamos falar um pouco acerca daquelas coisas menos referidas acerca do nosso samurai favorito de todos os tempos.
Se toda a gente sabe (?!?) quem era M.M. apenas alguns mais interessados estarão a par do uso que o mesmo fazia das duas espadas: a longa, a katana, e a curta, denominada wakizashi. E também aí existem alguns mitos, pelo que seria bom deixar alguns "avisos à navegação". Por exemplo, M.M. NÃO INVENTOU o uso das duas espadas em combate. O uso do Wakizashi era natural quando o guerreiro se encontrava cercado de inimigos no campo de batalha.
O que Musashi fez, sim, foi sistematizar, codificar um método de combate, método esse, criado de forma a optimizar o uso das duas espadas pelo samurai.
Interessante é que nunca se imagina, quando se refere o uso de dois sabres, aquela que seria a técnica mais natural: o lançamento do sabre curto. M.M., por seu lado, não só pensou no caso, como elaborou também uma forma particular de lançar o wakizashi. Segundo um documento existente: "Musashi era capaz lançar o sabre curto e trespassar um peixe num riacho."
E essa técnica de lançamento sobreviveu ao seu criador; é ainda hoje ensinada em algumas escolas de espada japonesa inspiradas pelos ensinamentos de M.M., e é conhecida sob o nome de Musashi-ryû shuriken.
Nessas escolas, o praticante destro usa naturalmente o sabre curto na mão direita. Claro que a técnica de lançamento do sabre curto é sobretudo eficaz quando o adversário ignora essa possibilidade.
No tempo dos samurais se, durante um duelo, um dos participantes usasse o sabre curto na mão direita, o outro desconfiaria naturalmente de um eventual lançamento. Mas se o usasse na mão esquerda, isso já seria com toda a certeza menos provável.
Pormenor final: diz-se, e parece ser o mais provável, segundo alguns historiadores, que Miyamoto Musashi... era canhoto.
bibliografia utilizada
"Miyamoto Musashi" de Kenji Tokitsu
Editions DesIris, Méolans-Revel 1998.
"Musashi" de Eiji Yoshikawa
Editions J'ai Lu, Paris 2002.
"Kendo, it's philosophy, history and means to personal growth" de Minoru Kiyota
Kegan Paul International Limited, London, New York 1995.
Se toda a gente sabe (?!?) quem era M.M. apenas alguns mais interessados estarão a par do uso que o mesmo fazia das duas espadas: a longa, a katana, e a curta, denominada wakizashi. E também aí existem alguns mitos, pelo que seria bom deixar alguns "avisos à navegação". Por exemplo, M.M. NÃO INVENTOU o uso das duas espadas em combate. O uso do Wakizashi era natural quando o guerreiro se encontrava cercado de inimigos no campo de batalha.
O que Musashi fez, sim, foi sistematizar, codificar um método de combate, método esse, criado de forma a optimizar o uso das duas espadas pelo samurai.
Interessante é que nunca se imagina, quando se refere o uso de dois sabres, aquela que seria a técnica mais natural: o lançamento do sabre curto. M.M., por seu lado, não só pensou no caso, como elaborou também uma forma particular de lançar o wakizashi. Segundo um documento existente: "Musashi era capaz lançar o sabre curto e trespassar um peixe num riacho."
E essa técnica de lançamento sobreviveu ao seu criador; é ainda hoje ensinada em algumas escolas de espada japonesa inspiradas pelos ensinamentos de M.M., e é conhecida sob o nome de Musashi-ryû shuriken.
Nessas escolas, o praticante destro usa naturalmente o sabre curto na mão direita. Claro que a técnica de lançamento do sabre curto é sobretudo eficaz quando o adversário ignora essa possibilidade.
No tempo dos samurais se, durante um duelo, um dos participantes usasse o sabre curto na mão direita, o outro desconfiaria naturalmente de um eventual lançamento. Mas se o usasse na mão esquerda, isso já seria com toda a certeza menos provável.
Pormenor final: diz-se, e parece ser o mais provável, segundo alguns historiadores, que Miyamoto Musashi... era canhoto.
bibliografia utilizada
"Miyamoto Musashi" de Kenji Tokitsu
Editions DesIris, Méolans-Revel 1998.
"Musashi" de Eiji Yoshikawa
Editions J'ai Lu, Paris 2002.
"Kendo, it's philosophy, history and means to personal growth" de Minoru Kiyota
Kegan Paul International Limited, London, New York 1995.
10.5.04
MUSASHI, QUAL MUSASHI?
Como é normal acontecer quando se fala de um personagem tão singular, também com Miyamoto Musashi (M.M.) é caso para dizer que os factos históricos se misturam com a lenda existente à volta do mesmo.
Neste caso, porém, há um "pequeno pormenor" que ajuda ainda mais a criar confusão e a tornar ainda mais difusa a verdadeira imagem (ou pelo menos, impede a obtenção uma imagem mais concreta) daquele que é o mais conhecido samurai japonês de sempre. Esse "pequeno pormenor" é um ROMANCE (atenção à palavra: ROMANCE) com, na edição que possuo, cerca de 1400 páginas, intitulado precisamente Musashi e que é da autoria do escritor Eiji Yoshikawa.
E é de tal forma importante que os historiadores que se debruçaram sobre a vida de M.M. não hesitam em declarar que existem dois M.M., sendo um deles, o do ROMANCE, designado correntemente como Yoshikawa Musashi por oposição ao verdadeiro.
Muitas são as "inverdades" que o ROMANCE, e pior ainda, os três filmes que foram feitos a partir do mesmo, veiculam. Por exemplo, a frase: "M.M. era orfão, foi criado por um tio e era um auto-didacta das artes marciais." tem muito que se lhe diga. M.M. não era um infeliz sem família, que subiu sozinho na vida, como muitos gostam de pensar. Pelo contrário.
Hoje sabe-se muito bem quem era o seu pai. O seu nome era Miyamoto Munisaï, mestre na arte do sabre japonês e conhecedor profundo de outras disciplinas, tais como o jûjutsu e o sojutsu, a arte do combate com lança... mas vamos ainda mais longe, o seu avô Hirata Shôkan, por exemplo, fundou mesmo uma escola de sabre, a Tôri-ryû.
Curioso? Então não perca os próximos capítulos onde se falará do nito-ryû e de como M.M. não inventou o uso das duas espadas em combate, mas apenas o sistematizou.
E sabia que tudo leva a crer que M.M. era canhoto? E daí? Veremos.
Neste caso, porém, há um "pequeno pormenor" que ajuda ainda mais a criar confusão e a tornar ainda mais difusa a verdadeira imagem (ou pelo menos, impede a obtenção uma imagem mais concreta) daquele que é o mais conhecido samurai japonês de sempre. Esse "pequeno pormenor" é um ROMANCE (atenção à palavra: ROMANCE) com, na edição que possuo, cerca de 1400 páginas, intitulado precisamente Musashi e que é da autoria do escritor Eiji Yoshikawa.
E é de tal forma importante que os historiadores que se debruçaram sobre a vida de M.M. não hesitam em declarar que existem dois M.M., sendo um deles, o do ROMANCE, designado correntemente como Yoshikawa Musashi por oposição ao verdadeiro.
Muitas são as "inverdades" que o ROMANCE, e pior ainda, os três filmes que foram feitos a partir do mesmo, veiculam. Por exemplo, a frase: "M.M. era orfão, foi criado por um tio e era um auto-didacta das artes marciais." tem muito que se lhe diga. M.M. não era um infeliz sem família, que subiu sozinho na vida, como muitos gostam de pensar. Pelo contrário.
Hoje sabe-se muito bem quem era o seu pai. O seu nome era Miyamoto Munisaï, mestre na arte do sabre japonês e conhecedor profundo de outras disciplinas, tais como o jûjutsu e o sojutsu, a arte do combate com lança... mas vamos ainda mais longe, o seu avô Hirata Shôkan, por exemplo, fundou mesmo uma escola de sabre, a Tôri-ryû.
Curioso? Então não perca os próximos capítulos onde se falará do nito-ryû e de como M.M. não inventou o uso das duas espadas em combate, mas apenas o sistematizou.
E sabia que tudo leva a crer que M.M. era canhoto? E daí? Veremos.
7.5.04
O QUE É ZANSHIN?
Zanshin é tudo no kendo. É um estado de atenção extrema a tudo o que nos rodeia. No kendo, Zanshin está directamente relacionado não só com a acção propriamente dita, ou seja, com uma boa postura durante a prática das técnicas, mas também com o antes e o depois das mesmas.
Isto tudo quer dizer o quê? Que "estado de atenção extrema" é esse? Se eu utilizar a palavra TRANSE possivelmente muitos ficarão chocados e chamar-me-ão místico, mas essa é talvez uma das melhores maneiras de definir. Eu explico. Transe não significa aqui, um estado de exaltação sensorial em que o kendoka sua, baba-se abundantemente e diz baboseiras a torto e a direito, nada disso. O transe a que me refiro é mais próximo de situações que todos nós conhecemos bem. Quem já foi forçado a conduzir um automóvel durante uma grande viagem nocturna, talvez nunca se tenha apercebido do estado próximo do transe em que se encontrou.
Esse é o "estado de atenção extrema" a que me refiro. Essa zona de consciência em que nos encontramos, onde, apesar de tudo o que a situação requer constantemente de nós, não deixamos de ser capazes de falar com quem nos acompanha, de ligar o rádio, de comer, etc, etc.
ISSO É ZANSHIN.
OK, então e essa história do "antes e depois da prática"?
Iwatate Saburo, 8º dan Hanshi, diz que Zanshin se manifesta logo no momento em que o kendoka saúda o oponente. Continua quando executa sonkyo e na maneira como se levanta depois de "desembainhar" o shinai. Ainda durante a prática, e mesmo sabendo que não está a desempenhar tão bem como habitualmente, Zanshin manifesta-se no modo como persevera e mantém a concentração. Depois da prática, a maneira como guarda o shinai e se retira, como saúda aquele com quem praticou e até como se retira da área de prática, seja shiaijo ou dojo, tudo isso deve reflectir, emanar Zanshin.
Isto tudo quer dizer o quê? Que "estado de atenção extrema" é esse? Se eu utilizar a palavra TRANSE possivelmente muitos ficarão chocados e chamar-me-ão místico, mas essa é talvez uma das melhores maneiras de definir. Eu explico. Transe não significa aqui, um estado de exaltação sensorial em que o kendoka sua, baba-se abundantemente e diz baboseiras a torto e a direito, nada disso. O transe a que me refiro é mais próximo de situações que todos nós conhecemos bem. Quem já foi forçado a conduzir um automóvel durante uma grande viagem nocturna, talvez nunca se tenha apercebido do estado próximo do transe em que se encontrou.
Esse é o "estado de atenção extrema" a que me refiro. Essa zona de consciência em que nos encontramos, onde, apesar de tudo o que a situação requer constantemente de nós, não deixamos de ser capazes de falar com quem nos acompanha, de ligar o rádio, de comer, etc, etc.
ISSO É ZANSHIN.
OK, então e essa história do "antes e depois da prática"?
Iwatate Saburo, 8º dan Hanshi, diz que Zanshin se manifesta logo no momento em que o kendoka saúda o oponente. Continua quando executa sonkyo e na maneira como se levanta depois de "desembainhar" o shinai. Ainda durante a prática, e mesmo sabendo que não está a desempenhar tão bem como habitualmente, Zanshin manifesta-se no modo como persevera e mantém a concentração. Depois da prática, a maneira como guarda o shinai e se retira, como saúda aquele com quem praticou e até como se retira da área de prática, seja shiaijo ou dojo, tudo isso deve reflectir, emanar Zanshin.
1.5.04
FALTAVA O SÉRGIO, FALTAVA O SÉRGIO.
Mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa. Eu bem me parecia que faltava alguém. Assim foi, pois quando desejei boa sorte todos os que foram a Budapeste, faltou mencionar um dos nossos melhores representantes: o Sérgio. Aqui fica a rectificação e desejos de um bom Campeonato da Europa, no ano que vem na Suíça.
I FORGOT SÉRGIO, I FORGOT SÉRGIO.
Mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa. I knew I'd forgotten someone when I wished good look to all the guys going to Budapest well, as a matter of fact, I forgot to mention one of our best representatives: Sérgio.
So here is the apology and wishes a good european championships, next year in Switzerland.
I FORGOT SÉRGIO, I FORGOT SÉRGIO.
Mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa. I knew I'd forgotten someone when I wished good look to all the guys going to Budapest well, as a matter of fact, I forgot to mention one of our best representatives: Sérgio.
So here is the apology and wishes a good european championships, next year in Switzerland.
26.4.04
RESULTADOS DOS 19ºS EKC.
Estas informações foram retiradas dos sites das federações alemã e finlandesa de kendo (algum erro e a culpa é deles). As classificações deverão ser as seguintes:
19TH EKC RESULTS
This data was found in the german and finland kendo federations (if there's any mistake, hey it's their fault). So, these should be the final results:
Individuais Femininos:
1. HUN Kiraly, Barbara
2. FRA Garcia, Clémence
3. FRA Destobbeleer, Aurélia
3. HUN Sipos, Aranka
Individuais Masculinos:
1. ITA One dia., Francesco
2. GER Ulmer, January
3. ESP Castro, D.
3. GER Sengfelder, Joerg
Equipas Femininas:
1. Hungria
2. Alemanha
3. Finlândia
3. França
Equipas Masculinas:
1. França
2. Finlândia
3. Espanha
3. Itália
19TH EKC RESULTS
This data was found in the german and finland kendo federations (if there's any mistake, hey it's their fault). So, these should be the final results:
Individuais Femininos:
1. HUN Kiraly, Barbara
2. FRA Garcia, Clémence
3. FRA Destobbeleer, Aurélia
3. HUN Sipos, Aranka
Individuais Masculinos:
1. ITA One dia., Francesco
2. GER Ulmer, January
3. ESP Castro, D.
3. GER Sengfelder, Joerg
Equipas Femininas:
1. Hungria
2. Alemanha
3. Finlândia
3. França
Equipas Masculinas:
1. França
2. Finlândia
3. Espanha
3. Itália
20.4.04
19ºs CAMPEONATOS DA EUROPA DE KENDO
É já neste fim-de-semana que os nossos representantes nos... enfim, representarão nos 19ºs Campeonatos da Europa de Kendo em Budapeste. Desejos de fézada são os que aqui deixo. Um bom sorteio (sem muitas feras no início) e depois, depois que façam o que sabem, o que aliás, deve chegar para fazer como sempre, boa figura.
Infelizmente este ano não vou poder estar presente, no entanto, para não sentir muito a falta de umas pazadas durante o dito fim-de-semana, vou com o sensei Osaka até terras do norte, ver como se portam os nossos colegas kendokas portuenses.
Para a maltinha que lá vai, Alex, Luis, Manuel, Miguel, Nuno O. Nuno R, Nuno S., falta algum?... Enfim, "muita merda" para todos sem excepção.
19th EUROPEAN KENDO CHAMPIONSHIPS
It's already next weekend that our representatives will... well, represent us in the 19th European Kendo Championships in Budapeste. Wish them of a good event. Good pools (without too many cracks in the beginning) and after that, the first pools, well, just do what you know best and I'm sure that'll be more than enough to look good as you guys allways do.
Unfortunetely, I won't make this year but, to all the guys attending the event, Alex, Luis, Manuel, Miguel, Nuno O. Nuno R, Nuno S., anyone missing?... Well, "break a leg" people.
Infelizmente este ano não vou poder estar presente, no entanto, para não sentir muito a falta de umas pazadas durante o dito fim-de-semana, vou com o sensei Osaka até terras do norte, ver como se portam os nossos colegas kendokas portuenses.
Para a maltinha que lá vai, Alex, Luis, Manuel, Miguel, Nuno O. Nuno R, Nuno S., falta algum?... Enfim, "muita merda" para todos sem excepção.
19th EUROPEAN KENDO CHAMPIONSHIPS
It's already next weekend that our representatives will... well, represent us in the 19th European Kendo Championships in Budapeste. Wish them of a good event. Good pools (without too many cracks in the beginning) and after that, the first pools, well, just do what you know best and I'm sure that'll be more than enough to look good as you guys allways do.
Unfortunetely, I won't make this year but, to all the guys attending the event, Alex, Luis, Manuel, Miguel, Nuno O. Nuno R, Nuno S., anyone missing?... Well, "break a leg" people.
14.4.04
NEM QUE FOSSE DE PROPÓSITO
A propósito de uma polémica em que me vi envolvido no outro dia no forum da APK gostava de deixar aqui umas palavras do sensei Kenichi YOSHIMURA 7º dan e treinador da equipa francesa de kendo.
"Cada um tem a sua motivação especial para praticar kendo: buscar a via do sabre, saborear a sensação e a concentração (necessária) para vencer o adversário e não se deixar vencer, "transpirar" de maneira agradável e enérgica de forma a melhorar a saúde...
Todos aqueles que praticam o kendo com motivações como estas devem ser reconhecidos como praticantes honrados de kendo..."
E diz mais, YOSHIMURA sensei:
"... e (eles) são livres de escolher qual a óptica com que encaram a prática do mesmo...
E agora vem a parte boa:
"... desde que possuam a BASE TÉCNICA NECESSÁRIA para a prática."
Isto diz tudo acerca da minha posição em relação a clubes e associações de kendo não filiados na International Kendo Federation, e portanto fora do controle técnico da mesma.
BY THE WAY
About a discussion I had the other day in the APK forum, I'd love to quote here, part of a text I found written by sensei Kenichi YOSHIMURA 7th dan and coach of the french kendo squad.
"Everyone has it's own special motivation to practice kendo: to search the way of sword, to reach that feeling and that concentration (necessary) to beat the adversary and not be beaten by him, to "sweat" in a agreable and energetical in order to improve your health...
All of those who practice kendo with such motivations must be recognized as honorable kendo players.
And he goes on, YOSHIMURA sensei:
"... and (they) should be free to choose the way they want face that same practice...
Now comes the good part:
"... as long as they possess the NECESSARY TECHNICAL SKILLS to practice."
This says it all about how I stand about kendo clubs and associations not related to IKF, hence out of the "appropriate technical control".
"Cada um tem a sua motivação especial para praticar kendo: buscar a via do sabre, saborear a sensação e a concentração (necessária) para vencer o adversário e não se deixar vencer, "transpirar" de maneira agradável e enérgica de forma a melhorar a saúde...
Todos aqueles que praticam o kendo com motivações como estas devem ser reconhecidos como praticantes honrados de kendo..."
E diz mais, YOSHIMURA sensei:
"... e (eles) são livres de escolher qual a óptica com que encaram a prática do mesmo...
E agora vem a parte boa:
"... desde que possuam a BASE TÉCNICA NECESSÁRIA para a prática."
Isto diz tudo acerca da minha posição em relação a clubes e associações de kendo não filiados na International Kendo Federation, e portanto fora do controle técnico da mesma.
BY THE WAY
About a discussion I had the other day in the APK forum, I'd love to quote here, part of a text I found written by sensei Kenichi YOSHIMURA 7th dan and coach of the french kendo squad.
"Everyone has it's own special motivation to practice kendo: to search the way of sword, to reach that feeling and that concentration (necessary) to beat the adversary and not be beaten by him, to "sweat" in a agreable and energetical in order to improve your health...
All of those who practice kendo with such motivations must be recognized as honorable kendo players.
And he goes on, YOSHIMURA sensei:
"... and (they) should be free to choose the way they want face that same practice...
Now comes the good part:
"... as long as they possess the NECESSARY TECHNICAL SKILLS to practice."
This says it all about how I stand about kendo clubs and associations not related to IKF, hence out of the "appropriate technical control".
7.4.04
VENCESLAU DE MORAES E O JIU-JITSU.
O prometido é devido. Há uma mão cheia de tempo que tinha prometido transcrever um texto de Venceslau de Moraes (V.M.) sobre o Jiu-jitsu.
Para quem não sabe, V.M. de seu nome Venceslau José de Sousa de Moraes nasceu em Lisboa a 30 de Maio de 1854 e viveu no Japão desde 1899, onde exerceu os cargos de Cônsul interino em Hyogo e Osaka e depois de Cônsul, em Kobe e, de novo, em Osaka.
Apaixonado pelo Japão ( e pelas japonesas, o malandro ) V.M. casou-se, entre outras, com uma gueisha, de seu nome O Yoné ( senhora Bago de Arroz ).
Da sua obra destaca-se Dai Nippon, escrito em 1897, quando ainda vivia em Macau, Bon Odori em Tokushima de 1911 e Relance da Alma Japonesa de 1925.
Convertido ao budismo, V.M. morreu no Japão, em Tokushima, a 1 de Julho de 1929.
O texto que aqui apresento faz parte do livro Cartas do Japão, escritas de 1902 a 1913 para o jornal Comércio do Porto, e publicadas em 4 séries, sendo o presente parte integrante da terceira série denominada A Vida Japonesa.
A edição que utilizo de A Vida Japonesa foi publicado em 1985 por Livraria Chardron de Lello & Irmão – Editores, Porto.
Então vamos lá e lembrem-se que este texto foi escrito em 28 de Junho de 1905:
“Sabeis o que é o jiu-jitsu, ou jujutsu? O termo anda agora, nos países ocidentais, bastante em moda. O jiu-jitsu é uma arte de defesa e de ataque dos japoneses, herdada da China, onde parece estar esquecida, e aperfeiçoada aqui com constante assiduidade; actualmente europeus e americanos prestam-lhe atenção minuciosa, recorrendo a professores nipónicos, no intuito de lhe conhecerem os segredos e tirarem deles o merecido proveito. O jiu-jitsu consiste, condensando em poucas palavras a teoria, em tirar da própria fraqueza eficiência que vença e derrube a robustez do adversário. É a arma dos fracos, ou então o lutador tem de supor-se fraco e de actuar como fraco, pois, é princípio admitido que nada melhor se pode opor à força bruta dos músculos do inimigo do que a fraqueza sistematicamente aproveitada. Ainda há pouco me dizia um robusto europeu, na pujança da vida, que o seu professor japonês na arte do jiu-jitsu, velho, exangue, com quase setenta anos de idade, o prostrava na luta, sempre que assim queria. Eis um dos grandes princípios fundamentais do jiu-jitsu, devido a um sábio chinês dos velhos tempos: “O homem, ao nascer, é flexivel e fraco; na morte, firme e rígido; assim com as causas: firmeza e rigidez são as concumitâncias da morte; flexibilidade e fraqueza, as concumitâncias da vida; por este modo, aquele que confia na sua própria força, não será o conquistador.”
É lindo ou é lindo? Adoro quando ele diz que: “O termo anda agora, nos países ocidentais, bastante em moda.”
Para quem não sabe, V.M. de seu nome Venceslau José de Sousa de Moraes nasceu em Lisboa a 30 de Maio de 1854 e viveu no Japão desde 1899, onde exerceu os cargos de Cônsul interino em Hyogo e Osaka e depois de Cônsul, em Kobe e, de novo, em Osaka.
Apaixonado pelo Japão ( e pelas japonesas, o malandro ) V.M. casou-se, entre outras, com uma gueisha, de seu nome O Yoné ( senhora Bago de Arroz ).
Da sua obra destaca-se Dai Nippon, escrito em 1897, quando ainda vivia em Macau, Bon Odori em Tokushima de 1911 e Relance da Alma Japonesa de 1925.
Convertido ao budismo, V.M. morreu no Japão, em Tokushima, a 1 de Julho de 1929.
O texto que aqui apresento faz parte do livro Cartas do Japão, escritas de 1902 a 1913 para o jornal Comércio do Porto, e publicadas em 4 séries, sendo o presente parte integrante da terceira série denominada A Vida Japonesa.
A edição que utilizo de A Vida Japonesa foi publicado em 1985 por Livraria Chardron de Lello & Irmão – Editores, Porto.
Então vamos lá e lembrem-se que este texto foi escrito em 28 de Junho de 1905:
“Sabeis o que é o jiu-jitsu, ou jujutsu? O termo anda agora, nos países ocidentais, bastante em moda. O jiu-jitsu é uma arte de defesa e de ataque dos japoneses, herdada da China, onde parece estar esquecida, e aperfeiçoada aqui com constante assiduidade; actualmente europeus e americanos prestam-lhe atenção minuciosa, recorrendo a professores nipónicos, no intuito de lhe conhecerem os segredos e tirarem deles o merecido proveito. O jiu-jitsu consiste, condensando em poucas palavras a teoria, em tirar da própria fraqueza eficiência que vença e derrube a robustez do adversário. É a arma dos fracos, ou então o lutador tem de supor-se fraco e de actuar como fraco, pois, é princípio admitido que nada melhor se pode opor à força bruta dos músculos do inimigo do que a fraqueza sistematicamente aproveitada. Ainda há pouco me dizia um robusto europeu, na pujança da vida, que o seu professor japonês na arte do jiu-jitsu, velho, exangue, com quase setenta anos de idade, o prostrava na luta, sempre que assim queria. Eis um dos grandes princípios fundamentais do jiu-jitsu, devido a um sábio chinês dos velhos tempos: “O homem, ao nascer, é flexivel e fraco; na morte, firme e rígido; assim com as causas: firmeza e rigidez são as concumitâncias da morte; flexibilidade e fraqueza, as concumitâncias da vida; por este modo, aquele que confia na sua própria força, não será o conquistador.”
É lindo ou é lindo? Adoro quando ele diz que: “O termo anda agora, nos países ocidentais, bastante em moda.”
4.4.04
TÁ FEITO, NÃO MEXE MAIS.
Pois... já lá vai o segundo torneio de kendo de Lisboa. Foi muito giro, muito engraçado e mais não digo, pois dói-me tudo, até às pontas dos dedos. Fica para outro dia. Só uma palavra, no entanto, de admiração para com os nossos colegas do Porto. Então cá vai: então vocês, seus cromos, tão sempre a cagar postas de pescada sobre a maneira como a selecção é gerida, seleccionada, passe o pleonasmo, que deve ser assim, que deve ser assado, e bla bla bla, e chega o Torneio e nem um (mentira... olá, Roberto, grande abraço meu) vem ver o que se passa, como é... nada?... Então, é tudo da boca p'ra fora??? Fezada que é bom, rien...
NO TRANSLATION. THIS IS REGIONAL PROBLEM.
NO TRANSLATION. THIS IS REGIONAL PROBLEM.
1.4.04
BOM, O TRABALHO ESTÁ ENTREGUE.
Finalmente ontem entreguei o meu "documentário de kendo" ao nosso "Presidente", o Doutor (pois, pois) Nuno Serrano. A vida tem destas coisas. Tive de obter autorização dos cromos de Londres (afinal, são eles que lá estão, não é?) para, se o nosso Presidente assim entender, colocar o videozinho à disposição dos milhares de praticantes e amantes de kendo portugueses.
Agora, é só esperar.
WELL THE WORKS IS DELIVERED.
At last yesterday I delivered my "kendo documentary" to our "Chairman", Doctor (yes, yes) Nuno Serrano. That's life. I had to obtain clearance from London's Wakaba kendo club (after alll they are the ones pictured in it, right?) to, if our Chairman allows it, put in our website, finally available to the thousands of portuguese kendokas and kendo lovers.
Now, all we have to do it's wait and see.
Agora, é só esperar.
WELL THE WORKS IS DELIVERED.
At last yesterday I delivered my "kendo documentary" to our "Chairman", Doctor (yes, yes) Nuno Serrano. That's life. I had to obtain clearance from London's Wakaba kendo club (after alll they are the ones pictured in it, right?) to, if our Chairman allows it, put in our website, finally available to the thousands of portuguese kendokas and kendo lovers.
Now, all we have to do it's wait and see.
29.3.04
OK, AFINAL É O SEGUNDO.
Eu sei, eu sei. Eu até participei no primeiro, ainda no antigo dojo, mas este é o primeiro de uma nova era.
É o primeiro com intenções, digamos assim. Intenções de aprender e de preparar, quem sabe para o ano que vem, uma coisa mais séria, quiçá internacional. Um verdadeiro OPEN de Lisboa.
É torcer para que tudo corra bem e participar.
Eu, por mim, e apesar do estado lastimoso em que se encontra o meu ombro direito, tenciono ir dar o meu contributo e, quem sabe, umas pazadas valentes.
OK, IT'S THE SECOND ONE, AFTER ALL.
I know I know. I was in the first one, held in the old dojo, but, see, this is the first one of a new era.
It is the first one done with an intention, so to speak. An intention of learning and preparing, who knows, maybe next year, something a bit more serious, even international . A real Lisbon OPEN.
Now, it's about entering the contest and hoping for the best.
Me, even with my right shoulder killing me everyday, I intend to be there and give my best and, who knows, maybe beat the crap out of someone.
É o primeiro com intenções, digamos assim. Intenções de aprender e de preparar, quem sabe para o ano que vem, uma coisa mais séria, quiçá internacional. Um verdadeiro OPEN de Lisboa.
É torcer para que tudo corra bem e participar.
Eu, por mim, e apesar do estado lastimoso em que se encontra o meu ombro direito, tenciono ir dar o meu contributo e, quem sabe, umas pazadas valentes.
OK, IT'S THE SECOND ONE, AFTER ALL.
I know I know. I was in the first one, held in the old dojo, but, see, this is the first one of a new era.
It is the first one done with an intention, so to speak. An intention of learning and preparing, who knows, maybe next year, something a bit more serious, even international . A real Lisbon OPEN.
Now, it's about entering the contest and hoping for the best.
Me, even with my right shoulder killing me everyday, I intend to be there and give my best and, who knows, maybe beat the crap out of someone.
Subscrever:
Mensagens (Atom)