Ontem estava a ler um blog de um kendoka nortenho, http://kenshin.blogs.sapo.pt/, e deparei-me com uma frase que achei muito curiosa:
“Hoje vou falar sobre kata, ontem foi dia de kata, como é costume de 15 em 15 dias às segundas-feiras, o que eu acho que é pouco, mas para muita gente chega e sobra uma vez que, quando é aula de kata, nem aparece no dojo porque não vale a pena ir perder tempo, pelos vistos...”
A verdade é que kata, seja lá qual for a arte marcial de que se fale, é um exercício muitas vezes entendido com um filho pobre... ou, pior ainda, como... um enteado.
A quem é que interessa praticar kata? A ninguém, diria. E não se pense que isso acontece apenas em Portugal. Lembro-me de, durante o estágio de shinsa em Glasgow, assistir a candidatos a sandan executando kata de uma maneira tão pobrezinha, com uma qualidade tão miserável, tão execrável*, que dava para perceber de um modo evidente que, onde quer que seja que pratiquem, kata não é, definitivamente, uma coisa que exercitam com frequência.
E estou a falar de kendokas oriundos de países como Taiwan ou Malásia, onde a percentagem de hachidan residentes é, de longe, superior a qualquer país da Europa.
Então, what’s the point? O que se passa? O que se passa é que, para toda essa grande maioria de gente, kata é apenas um obstáculo a contornar durante os exames.
Treina-se kata para fazer exame. Quinze dias, uma semana (?), antes do exame pede-se ao “cromo de serviço” do dojo, normalmente um colega um bocadinho mais antigo que, ninguém sabe muito bem porquê, tem aquela “pancada” pelos kata, que dê uma ajudinha de modo a contornar o obstáculo. Tem de ser.
Kata é inevitável, mas para todos os efeitos, chato.
E, no entanto... no entanto, kata tem muito que se lhe diga.
No próximo post não perca:
O essencial da história de kendo-no-kata, contada aos jovens e lembrada aos velhos.
Só faltava agora a “Teresinha” a dizer: “Há coisas fantásticas não há?”
*E El Presidente, que estava comigo, não me deixa mentir. Perguntem-lhe, perguntem-lhe.
“Hoje vou falar sobre kata, ontem foi dia de kata, como é costume de 15 em 15 dias às segundas-feiras, o que eu acho que é pouco, mas para muita gente chega e sobra uma vez que, quando é aula de kata, nem aparece no dojo porque não vale a pena ir perder tempo, pelos vistos...”
A verdade é que kata, seja lá qual for a arte marcial de que se fale, é um exercício muitas vezes entendido com um filho pobre... ou, pior ainda, como... um enteado.
A quem é que interessa praticar kata? A ninguém, diria. E não se pense que isso acontece apenas em Portugal. Lembro-me de, durante o estágio de shinsa em Glasgow, assistir a candidatos a sandan executando kata de uma maneira tão pobrezinha, com uma qualidade tão miserável, tão execrável*, que dava para perceber de um modo evidente que, onde quer que seja que pratiquem, kata não é, definitivamente, uma coisa que exercitam com frequência.
E estou a falar de kendokas oriundos de países como Taiwan ou Malásia, onde a percentagem de hachidan residentes é, de longe, superior a qualquer país da Europa.
Então, what’s the point? O que se passa? O que se passa é que, para toda essa grande maioria de gente, kata é apenas um obstáculo a contornar durante os exames.
Treina-se kata para fazer exame. Quinze dias, uma semana (?), antes do exame pede-se ao “cromo de serviço” do dojo, normalmente um colega um bocadinho mais antigo que, ninguém sabe muito bem porquê, tem aquela “pancada” pelos kata, que dê uma ajudinha de modo a contornar o obstáculo. Tem de ser.
Kata é inevitável, mas para todos os efeitos, chato.
E, no entanto... no entanto, kata tem muito que se lhe diga.
No próximo post não perca:
O essencial da história de kendo-no-kata, contada aos jovens e lembrada aos velhos.
Só faltava agora a “Teresinha” a dizer: “Há coisas fantásticas não há?”
*E El Presidente, que estava comigo, não me deixa mentir. Perguntem-lhe, perguntem-lhe.