Uma alma caridosa, o Sérgio, enviou-me o resto da matéria da Gazeta do Interior sobre as aulas de kendo em Castelo Branco. Possivelmente espantado com a minha falta de capacidade de resolução de problemas internéticos, arranjou maneira, não sei como, lá está, de ter acesso ao resto do referido artigo.
E é precisamente a isso que me refiro quando, no fim do post anterior, falo de falta de visão.
A internet, pela sua própria natureza, deve ser, e esta era uma expressão que se usava bastante na Wunderman Portugal, quando acontecia ter de conceber sites para empresas comerciais, deve ser, diziamos, "à prova de burrice". Deve ser à prova de burrice, à prova de preguiça, à prova de tudo o que me afaste da vontade de clicar e "comprar", salvo seja, o que o site vende... nem que seja uma ideia ou um conceito apenas.
E isso significa que um site deve ser o mais friendly user que se possa imaginar.
Complicou? Marchou. Há ziliões de sites mais para ir ver, ler, comprar, vender.
Enfim, depois deste meu atestado de incompetência aqui fica o artigo completo tal como estava (diz o Sérgio?) no site:
NOVA SECÇÃO EM FUNCIONAMENTO NA ACADEMIA DE JUDO
Kendo: A herança dos samurais
A Academia de Judo de Castelo Branco tem, desde sábado, uma nova secção em funcionamento. Trata-se de uma arte marcial, a esgrima tradicional japonesa, denominada de kendo, que está repleta de situações diferentes do habitual, desde logo pelo visual dos praticantes, passando pela forma de estar dos mesmos.
Segundo Jorge Fernandes, director técnico da Academia, "esta modalidade surge como uma forma de diversificar as artes marciais, bem como para ser um complemento, em termos de visual e de filosofia. Passa a ser mais uma opção, que tanto as crianças, como os adultos, passam a ter em termos de prática des-portiva", sem esquecer que "também temos o objectivo de marcar de novo a diferença e sermos pioneiros nesta modalidade no Interior", explica.
Até ao momento, o kendo restringia-se "a Lisboa, Porto e Coimbra", o que equivale a dizer que Castelo Branco será a quarta cidade do País a acolher a modalidade, que a nível nacional está sob a égide da Associação Portuguesa de Kendo.
Jorge Fernandes acredita que "exista procura", até porque, "neste momento, já contamos com 10 praticantes adultos", muito embora "o nosso grande objectivo passe por termos crianças, porque estas são o garante do funcionamento e desenvolvimento da modalidade".
Ainda segundo o director técnico, a modalidade "não é perigosa para as crianças, porque há uma progressão técnica, como em qualquer modalidade desportiva. Eles começam por praticar com um kimono quase normal e, há medida que o tempo vai passando é que lhes é atribuída a parte das calças, depois a protecção da barriga, seguindo-se a máscara", ou seja, "há toda uma progressão que é feita normalmente e sem perigo".
Para leccionar esta prática, que será aberta aos interessados com mais de oito anos, inclusive, virão a Castelo Branco, todos os sábados, entre as 11 e as 13 horas, os mestres da modalidade, no caso concreto da Associação Portuguesa de Kendo, como aliás sucedeu sábado, onde estiveram cinco elementos daquela entidade.
Kendo é a esgrima tradicional japonesa.
Nuno Serrano, médico de profissão e presidente da estrutura que tutela a modalidade no País, começou por explicar que "o kendo, em ter-mos muito simplistas, para os europeus, é a esgrima tradicional japonesa. Mas, em termos comparativos, a única coisa que tem de semelhante é o uso de uma espada, que é a herança dos samurais".
Destacando "as amizades que se fazem na modalidade" e a possibilidade de "viajar muito" a praticá-la, Nuno Ser-rano desvaloriza o facto de "parecer altamente violento", pois chega-se ao final "sem nenhuma mossa", até porque "se utilizam espadas de bambu adaptadas a esta prática, desenhadas para terem uma segurança extrema. Apesar de todo o aparato é, talvez, das práticas desportivas/artes marciais mais seguras que conheço, porque é virtualmente impossível haver uma lesão. Sou médico e já pes-quisei sobre lesões a nível mundial. Estão descritas 13 ou 14 lesões. Não conheço mais nenhuma arte marcial onde isso aconteça", refere.
Para desenvolver esta técnica "que os samurais tentam preservar quando há a proibição do uso de espada no Japão, no final do século XIX" e que "é uma actividade muito exigente do ponto de vista físico e psicológico", existem em Portugal "três centros de prática, no Porto, Lisboa e Coimbra", num total de "280 sócios".
Castelo Branco será, desta forma, mais um passo para a divulgação e dinamização do kendo, sendo que, nesse sentido, no ano transacto, realizou-se em Portugal o Campeonato da Europa, que acolheu "450 atletas, de 29 países".
No fim de contas, o artigo nem era nada de especial... porque raio... ah, já me lembro, tudo o que eu queria era ver se tinha fotos... eh... esquece.