9.5.06

O "OUTRO" TE-NO-UCHI

Tenho andado a fazer umas experiências durante as aulas com o te-no-uchi alternativo (TA) que o sensei nos sugeriu no outro dia (ver post A palavra do senhor (Osaka) 2). Dessas experiências duas coisas saltaram-me imediatamente à vista.

Uma positiva (creio) e outra negativa (tenho a certeza).

A positiva é que ao executar nidan-waza como, por exemplo, kote-men o tempo de intervalo entre as técnicas me pareceu consideravelmente reduzido.
Quer isto dizer que, talvez pelo esforço colocado (de cima para baixo) sobre o pulso da mão direita, o espaço até ao men parece ser percorrido mais rapidamente, uma vez que o referido esforço evita que a ponta do shinai suba demasiado, ou pelo menos, suba tanto como subia antes, entre os gestos.

A parte negativa deste TA, para já, centra-se no problema de, devido à falta de hábito (?), haver uma tendência natural para contrair os braços/ombros, o que provoca naturalmente uma perda de qualidade na postura. Além de poder contribuir para que o braço esquerdo não fique devidamente esticado.
O ideal seria conseguir mudar para este TA, no caso de kote-men por exemplo, apenas a meio do caminho, a partir do kote em diante.

3 comentários:

Usagi-san disse...

Não meu. Não é com os polegares, é com os dedos médios da mão, entre o indicador e o anelar está o médio, certo? Esses mesmos, os dedos grandes e com a mesma força. Mas aviso-te já que pode criar maus hábitos e defeitos de postura... e falo por experiência própria. Shit-shit-shit.

Quanto à ideia... só têm de agradecer ao Sérgio, ele é que se lembrou, eu sou apenas o canal de divulgação.

Sempre às ordens.

Nuno Gomes Ricardo disse...

Boas,
Quando estive em Kitamoto em 2004 e tive a sorte de um dos Sensei ser o Ishida de Osaka, ele corrigiu-me dutante o kihon dizendo-me para executar o te-no-uchi não torcendo os pulsos para dentro mas sim flectindo-os para a frente, simultaneamente, mesmo no final do trajecto do shinai quando acontece o toque. Claro que de imediato obedeci em também resulta bastante bem.
Abraço, Nuno

Usagi-san disse...

Pois resulta, basta ver que por exemplo, o sensei Osaka não tem por hábito bater no men-gane. Creio mesmo que nunca shinai algum dele tocou na grade do meu men. Já para não falar no incremento no sae que um gesto mínimo como esse provoca.
São os pequenos pormenores que fazem um grande kendo... eh, pá isto soou muito bem...

São os pequenos pormenores que fazem um grande kendo. :-) Altamente.